EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2010 às 15h55.
Caracas - Dezenas de trabalhadores de empresas de prospecção de petróleo estão paralisados desde segunda-feira, num movimento de greve envolvendo mais de 800 empregados do estado de Monagas, na Venezuela. Eles reivindicam aumento de salários, mas o grupo petroleiro venezuelano (PDVSA) qualifica o movimento como "ilegal".
Segundo dirigentes dos sindicatos, o desrespeito à revisão salarial estimulou "a paralisação, como a única maneira de chamar a atenção da empresa".
Em um comunicado publicado nesta terça-feira, dia 13, o responsável pelas relações profissionais da Divisão Oriente da companhia pública de petróleo PDVSA, Jorge Esteves, disse que de forma alguma se justifica a greve, num momento de criação de um novo contrato coletivo de trabalho que entrará logo em vigor.
De acordo com Esteves, a produção de petróleo não foi afetada até o momento pelo protesto.
Os grevistas trabalham normalmente para as empresas chinesas National Petroleum Company (CNPC) e para as americanas Petrex, Schlumberger e Precision Drilling que operam em conjunto com a PDSVA, conforme a lei venezuelana.
Os protestos dos trabalhadores do setor petroleiro, frequentemente motivados por questões salariais, são comuns nos últimos meses na Venezuela, principal exportador de petróleo da América Latina, um país presidido há onze anos pelo socialista Hugo Chávez.