Economia

Top-5 do Focus reduz perspectiva para Selic em 2017 a 8,13%

Grupo que mais acerta as previsões, o chamado Top-5, ta mbém reduziu seu cenário para 2018, de 8,25 por cento para 8 por cento

Ilan Goldfajn: cenário de inflação que perde força a cada semana levou economistas a reduzirem estimativas para a Selic (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: cenário de inflação que perde força a cada semana levou economistas a reduzirem estimativas para a Selic (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 3 de julho de 2017 às 09h04.

São Paulo - A perspectiva para a taxa de juros em 2018 recuou em meio a um cenário de inflação mais baixa no Brasil e depois que o governo fixou metas menores para a alta dos preços em 2019 e 2020.

Os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira reduziram a estimativa para a taxa básica Selic em 2018 a 8,25 por cento, contra 8,50 por cento anteriormente.

Para este ano, permanece a expectativa de que a taxa básica de juros, atualmente em 10,25 por cento, terminará a 8,5 por cento, com corte de 0,75 ponto percentual na reunião de julho do Comitê de Política Monetária.

Já o grupo que mais acerta as previsões, o chamado Top-5, reduziu seu cenário para ambos os anos, vendo a Selic a 8,13 por cento, de 8,38 por cento, em 2017; e a 8 por cento, de 8,25 por cento, em 2018.

Isso em meio a um cenário de inflação que perde força a cada semana no Focus. A projeção para a alta da inflação neste ano agora é de 3,46 por cento, contra 3,48 por cento anteriormente.

Com isso, o dado se aproxima da faixa mais baixa de tolerância para a meta, que é de 4,5 por cento com margem de 1,5 ponto percentual.

Para 2018, a inflação foi estimada em 4,25 por cento, contra 4,30 por cento no levantamento anterior.

Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou para 2019 o centro da meta de inflação a 4,25 por cento pelo IPCA e, para 2020, a 4 por cento, nos dois casos com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A medida é um esforço para mostrar a continuidade de uma política econômica mais austera.

As contas para a atividade econômica, por sua vez, mostraram manutenção da estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano crescerá 0,39 por cento. Mas, para 2018, houve piora, com a expansão estimada em 2 por cento, de 2,10 por cento antes.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusInflaçãoIPCAJurosPIB do BrasilSelic

Mais de Economia

Câmara aprova projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Alckmin se reúne hoje novamente com empresários para discutir tarifas de Trump

Após reunião sem acordo, Haddad fala em 'solução rápida' para o IOF

Reunião no STF termina sem acordo entre governo e Congresso sobre IOF