Economia

Tombini prevê crescimento em 2014 próximo ao de 2013

Segundo o presidente do BC, o crescimento "seguirá sustentado por emprego e ampliação moderada do crédito" neste ano


	Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: segundo ele, há indicadores que apontam para a melhora da competitividade da indústria
 (Goh Seng Chong/Bloomberg News)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: segundo ele, há indicadores que apontam para a melhora da competitividade da indústria (Goh Seng Chong/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 13h26.

Brasília - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, repetiu nesta terça-feira, 18, que o crescimento da economia em 2013 foi marcado por uma alteração na composição das demandas, com aumento dos investimentos e moderação do consumo das famílias.

"Essa mudança contribui para sustentabilidade do crescimento. O crescimento em 2014 deve permanecer próximo do patamar verificado no ano passado e seguirá sustentado por emprego e ampliação moderada do crédito", afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Segundo ele, há indicadores que apontam para a melhora da competitividade da indústria, o que representa uma mudança em relação a anos anteriores. "Aumentar a produtividade é fundamental para a indústria aproveitar oportunidades no mercado nacional e internacional", completou.

Tombini destacou que há mudanças na composição na demanda e também na oferta agregada, mas ponderou que os ganhos delas decorrentes depende da confiança das empresas e das famílias.

"O Brasil tem conduzido ampla agenda de reformas estruturais se antecipando a outros países. E o foco são reformas para ampliar investimentos, qualificar mão de obra e aumentar produtividade", acrescentou.

Tombini destacou o programa de leilões de concessões de infraestrutura para ampliar investimentos e disse que essas iniciativas visam tornar a economia mais competitiva. "Ao contrário de economias avançadas, o Brasil precisa avançar em infraestrutura e qualificação de mão-de-obra. Por isso, as oportunidades e o retorno aqui são maiores", avaliou.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco Centraleconomia-brasileiraEconomistasMercado financeiroPersonalidades

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo