Economia

Tombini diz que não há risco de descontrole inflacionário

Com a divulgação da inflação em janeiro, há analistas que acreditam no aumento da taxa Selic pelo Banco Central para controlar a alta dos preços


	Inflação: em janeiro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por manter a Selic em 7,25% ao ano.
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Inflação: em janeiro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por manter a Selic em 7,25% ao ano. (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 12h25.

Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (19) que não existe risco de descontrole da inflação no Brasil. Tombini acrescentou que a estratégia do BC permanece válida, mas, ser for necessário, a taxa básica de juros, a Selic, pode ser ajustada.

“Gostaria de deixar bem claro que não existe hoje no país risco de descontrole da inflação, não obstante o fato de o Brasil ter conseguido alcançar um novo patamar para as taxas de juros em geral, e, em particular, para a taxa de política monetária [a Selic].”

Em janeiro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por manter a Selic em 7,25% ao ano. Em comunicado, o BC reforçou que era preciso manter as condições monetárias (Selic no atual patamar) estáveis “por período suficientemente longo”.

Mas, com a divulgação da inflação em janeiro, há analistas que acreditam no aumento da taxa Selic pelo Banco Central para controlar a alta dos preços. No mês passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,86%, a maior variação mensal desde abril de 2005, quando a alta chegou a 0,87%. Dezembro também registrou inflação expressiva, 0,79%. Com o resultado de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses passou para 6,15%, contra inflação de 5,84% registrada em todo o ano passado.

Tombini destacou que os os ciclos monetários não foram abolidos. “A taxa Selic oscilará em patamares mais baixos do que no passado”, disse Tombini, ao lançar hoje o projeto Otimiza BC. A objetivo é criar um canal de diálogo para discutir a redução de custos de observância, despesas das instituições financeiras com envio de informações ao órgão fiscalizador. O Banco Central também divulga hoje as primeiras medidas de redução desses custos.

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