Economia

Tombini diz que medida deixa Brasil mais seguro

Governo impôs uma taxação de 1% sobre as operações de derivativos cambiais

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2011 às 14h38.

Rio de Janeiro - As medidas anunciadas nesta quarta-feira para conter a valorização cambial tornam o Brasil mais seguro para receber investimentos estrangeiros produtivos, ao mesmo tempo que reduzem o potencial de alavancagem contra o dólar, afirmou nesta quarta-feira o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.

"A medida vem no sentido de reduzir alavancagem contra o dólar a favor do real. O BC tem agido no sentido de conter os possíveis desdobramentos e riscos que uma entrada de fluxo pode representar, tem agido no sentido de conter esses fluxos... em cima das posições vendidas", afirmou Tombini após participar de evento no Rio de Janeiro.

Para o presidente do BC, a medida de agora faz parte de um escopo que torna o país mais seguro para continuar atraindo investimentos estrangeiros, inclusive produtivos, considerados de melhor qualidade porque tendem a permanecer no país.

"As medidas tornam o Brasil mais seguro, ao longo do tempo, para investimentos produtivos", afirmou ele.

O Brasil vem registrando fortes entradas de investimentos estrangeiros diretos, aqueles voltados à produção. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, foram 32,477 bilhões de dólares, cifra recorde.

O dólar subia cerca de 2 por cento nesta quarta-feira após o governo impor uma taxação de 1 por cento sobre as operações de derivativos cambiais feitas por investidores no país, a fim de estancar as sucessivas quedas na cotação da moeda norte-americana.

Tombini acrescentou ainda que, mesmo com a nova medida tomada nesta quarta-feira, o BC manterá sua política de intervenção no mercado cambial. E que o governo também continuará atuando para proteger o Brasil dos riscos do cenário internacional.

"A atuação do BC continua. Não há modificação sobre isso", afirmou ele.

Tombini falou ainda que espera a resolução dos problemas da dívida dos Estados Unidos.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniCâmbioDerivativosDólarEconomistasMercado financeiroMoedasPersonalidadesrenda-variavel

Mais de Economia

Explosões em Brasília elevam incertezas sobre pacote fiscal e sobre avanço de projetos no Congresso

Após mercado prever altas da Selic, Galípolo afirma que decisão será tomada 'reunião a reunião'

IBC-Br: prévia do PIB sobe 0,80% em setembro, acima do esperado

Após explosões na Praça dos Três Poderes, pacote de corte de gastos só será anunciado depois do G20