Economia

Tombini defende avanços em regras cambiais para a Copa

Segundo o presidente do BC, o aumento de viagens internacionais motiva a revisão das normas do câmbio

Tombini elogiou avanço como o fim da obrigatoriedade de cobertura cambial para exportações e importações (Marcello Casal Jr/ABr)

Tombini elogiou avanço como o fim da obrigatoriedade de cobertura cambial para exportações e importações (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2011 às 10h17.

Brasília - A busca por modernização e simplificação das regras de câmbio e de transferências de dinheiro entre o Brasil e outros países não pode ser feita a qualquer custo. A avaliação foi feita hoje (30) pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, na abertura do seminário Preparando o Mercado de Câmbio para a Copa 2014 - Câmbio Manual e Transferências de Pequenos Valores.

Câmbio manual é a troca, em espécie, de moeda estrangeira por moeda nacional e vice-versa. Segundo Tombini, é preciso preservar a segurança das operações e equilibrar esse processo com normas para o combate e a prevenção à lavagem de dinheiro.

O presidente do BC destacou que é crescente o interesse de estrangeiros em vir ao Brasil devido à atrativos naturais, culturais e ao crescimento da economia brasileira. Por outro lado, a estabilidade da economia e o aumento do poder de compra fazem com que os brasileiros viagem mais ao exterior.

“Os gastos de brasileiros no exterior aumentaram de forma expressiva na última década”, disse. De acordo com Tombini, o aumento das viagens internacionais e de transferências de recursos entre o Brasil e outros países por si só é motivo para revisar as regras cambiais. Além disso, os eventos esportivos previstos para ocorrer no Brasil reforçam essa necessidade para ver o quanto elas estão adequadas “aos novos desafios”.

O presidente do BC disse ainda que houve avanços no mercado cambial, como a unificação do mercado de câmbio, em 2005, com “plena liberdade para compra e venda de moeda estrangeira”.

Outro avanço, para Tombini, é o fim da obrigatoriedade de cobertura cambial para exportações e importações, o que contribuiu para redução dos custos para as empresas e para a inserção dos produtos brasileiros no mercado internacional. Ele também destacou o fim da exigência de contrato de câmbio para operações de até US$ 3 mil. “Verificamos que o aperfeiçoamento tem sido feito de forma gradativa e cautelosa.”

Para Tombini, o processo de estabilização da economia brasileira nos últimos 15 anos e a redução das vulnerabilidades externas permitiram o avanço nos últimos anos do processo de modernização das regras de câmbio no país.

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