Economia

Tombini: Crescimento será mais intenso nos próximos meses

Tombini descartou um aumento da inflação, que se acentuou ligeiramente nos últimos meses e pode chegar em dezembro a uma taxa anual de 5,5%


	O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: ''Apesar de existir uma tendência inflacionária a curto prazo, o cenário é propício a médio prazo''
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: ''Apesar de existir uma tendência inflacionária a curto prazo, o cenário é propício a médio prazo'' (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 20h41.

Brasília - A economia brasileira tem ''sólidos fundamentos'' e deverá crescer em ritmo mais intenso nos próximos meses graças em grande medida a uma ''moderada recuperação'' da atividade industrial, declarou nesta quarta-feira o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Em uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tombini descartou um aumento da inflação, que se acentuou ligeiramente nos últimos meses e pode chegar em dezembro a uma taxa anual de 5,5%.

''Apesar de existir uma tendência inflacionária a curto prazo, o cenário é propício a médio prazo'', disse Tombini. Para o economista, o Brasil sofre efeitos de ''desvios transitórios'' provocados pelas altas de preços das matérias-primas no mercado internacional.

''A boa notícia é que esses preços oscilam muito, e assim como sobem muito, também caem muito depois'', argumentou o presidente do Banco Central, para quem a inflação não representa uma ''preocupação'' para as autoridades monetárias, pelo menos neste momento.

Segundo Tombini, mesmo se a inflação fechar o ano em 5,5%, como preveem muitos analistas, o índice ficaria dentro da meta de 4,5%, com dois pontos percentuais de tolerância, estabelecida pelo governo.

Para o próximo ano, Tombini classificou como ''promissor'' um plano anunciado esta semana pelo governo, que permitirá reduzir as tarifas da energia elétrica em 16,2% para os consumidores residenciais e em 28% para o setor produtivo.

''Será uma contribuição importante para uma redução de custos na indústria, serviços e agricultura e ajudará a conter as pressões sobre os preços finais'', considerou Tombini.

A economia do Brasil cresceu no segundo trimestre 0,4%, ritmo inferior às previsões oficiais, depois de um avanço de 0,1% no primeiro trimestre.

Ao comentar o resultado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil superou ''a pior fase'' da crise e que a economia ''está se acelerando gradualmente''.

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