Economia

Tombini: crescimento será lento e com sobressaltos

Presidente do BC acredita que país está pronto para enfrentar crises, mas prevê obstáculos nos próximos três anos

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, comemorou que os EUA não declararam calote (Wikimedia Commons)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, comemorou que os EUA não declararam calote (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 20h34.

Brasília – O crescimento da economia global será lento nos próximos dois ou três anos e estará sujeito a sobressaltos, segundo avaliou o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em entrevista exclusiva à TV Brasil.

De acordo com Tombini, o Brasil está preparado para enfrentar crises econômicas, com estratégia “ampla e consistente” de moderação do crescimento e de controle da inflação. Ele disse que o mundo superou riscos “muito ruins”, como a possibilidade de calote do governo americano. Mas, lembrou, a economia americana ainda passa por fraca recuperação diante da crise financeira internacional de 2008, o que tem levado à queda do dólar no mundo. Segundo a avaliação do presidente do BC, isso faz com que os países procurem se proteger.

Tombini destacou que o governo brasileiro tem adotado medidas para evitar que fluxos de capitais entrem com intensidade “muito forte e prejudiquem o combate à inflação, levantem problemas de estabilidade financeira quando houver reversão lá na frente”. “Temos procurado agir para que a economia brasileira fique protegida e não tenhamos impacto muito forte desse processo de enfraquecimento do dólar”.

O presidente do BC também destacou a situação da economia europeia, considerada por ele “complexa”. Segundo Tombini, a superação da crise da dívida soberana da Europa levará anos, apesar de medidas adotadas para que a situação não se agravasse.

A entrevista do presidente do BC à TV Brasil vai ao ar hoje (4) no telejornal Repórter Brasil, às 21h.Edição: Lana Cristina

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