Economia

Alta de preços de alimentos está se dissipando, diz Tombini

Segundo presidente do Banco Central, os choques de preços nos alimentos, observados no início do ano, estão se "dissipando e revertendo"


	Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 20h20.

Brasília - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, 01, que os choques de preços nos alimentos, observados no início do ano, estão se "dissipando e revertendo", inclusive com registro de redução de preços no atacado que começa a se traduzir em benefício para o consumidor.

As afirmações foram feitas em uma entrevista ao órgão interno de comunicação chamado Conexão Real, publicada no site da instituição.

Segundo Tombini, ocorre, atualmente, o realinhamento de dois preços relativos. O primeiro, na visão dele, é o das taxas de câmbio de moedas de economias emergentes e avançadas.

Ele explicou que no caso do Brasil esse movimento tem sido observado nos últimos dois anos.

O segundo é o realinhamento entre os preços administrados e os preços livres. No texto divulgado no site da instituição, ele frisou que esse realinhamento entre preços livres e administrados já estão em curso.

"Ajustes de preços relativos são frequentes e têm impactos diretos sobre a inflação, mas cabe à política monetária conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes", afirmou Tombini.

O presidente do BC disse ainda que para combater pressões de preços as condições monetárias foram apertadas, mas os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, "em parte", ainda estão por se materializar.

O presidente do BC ainda se declarou convencido de que a inflação tende a entrar em convergência para a meta, a despeito de previsões piores da instituição para 2014, divulgadas no último Relatório Trimestral de Inflação, que espera alta de 6,4% no IPCA ao fim do ano e vê chance de 46% de estourar o limite de tolerância, de 6,5%.

"Gostaria de reafirmar que, mantidas as condições monetárias, a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta ao longo do horizonte relevante para a política monetária", afirmou.

Ele destacou que, em momentos como o atual, onde a inflação acumulada em 12 meses ainda mostra resistência, "a política monetária deve se manter vigilante para mitigar riscos".

O presidente vem falando que a instituição tem de ficar vigilante há meses. Na última vez em que esteve na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em março, usou a expressão repetidas vezes.

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