Economia

The Economist acredita que 'rivalidade estratégica' impede coerência do Bric

Revista inglesa acredita que o 'clube dos trilhões de dólares' não é capaz de promover mudanças significativas

Economist afirma que países do Bric não estão dispostos a deixar de lado suas ambições individuais (.)

Economist afirma que países do Bric não estão dispostos a deixar de lado suas ambições individuais (.)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2010 às 15h39.

O congresso americano olha para o Bric com certo temor. É o que afirma a revista inglesa The Economist. Segundo o título, o bloco composto por Brasil, China, Índia e Rússia, é uma forma de anunciar para os Estados Unidos que os maiores países em desenvolvimento têm opiniões próprias.

O principal receio é a questão da moeda chinesa - cujo câmbio é forçado para baixo, o que diminui os preços das exportações. A revista conta que os Brics poderiam quebrar a economia mundial e mudar o papel do FMI e do Banco Mudial. Mas completa dizendo isso não deve acontecer, porque o bloco não teria capacidade para fazer mudanças fundamentais.

Na lista dos motivos, a falta de coerência é o principal deles. Mas o fato de eles competirem tanto entre si quanto com a Europa e os EUA e a não disponibilidade para deixar de lado suas ambições individuais também contribuem para diminuir o poder do Bric. A Economist também aponta outras dicotomias dentro do 'clube': dois são autoritários e dois são democráticos; o Brasil é o único que não possui programa de armas nucleares e metade faz parte do Comitê de Segurança da ONU e a outra não - e carrega frustração por isso.

Para a revista, os países do Bric não podem se gabar de coerência, mas podem ser um bom mecanismo para pressionar os países ricos a mudar a economia global de forma mais intensa.

 

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