Economia

Tesouro sofre ataque de hacker, mas Economia informa que não houve dano

O ataque na rede interna da secretaria foi identificado como "ransomware", ou seja, quando há bloqueio a partir da inserção de código

O ataque foi identificado na noite de sexta-feira, 13 e, de acordo com o ministério, medidas de contenção foram aplicadas e a Polícia Federal, acionada (Sergei KonkovTASS/Getty Images)

O ataque foi identificado na noite de sexta-feira, 13 e, de acordo com o ministério, medidas de contenção foram aplicadas e a Polícia Federal, acionada (Sergei KonkovTASS/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2021 às 18h41.

Em um momento que cresce a preocupação com a segurança cibernética e a proteção de dados pessoais, a Secretaria do Tesouro Nacional sofreu um ataque de hackers. O Tesouro é o órgão do Ministério da Economia que cuida da administração financeira e da contabilidade do governo federal e é responsável pelas emissões soberanas e pelas operações dos títulos de dívida pública do País, como as do Tesouro Direto.

O ataque foi identificado na noite de sexta-feira, 13 e, de acordo com o ministério, medidas de contenção foram aplicadas e a Polícia Federal, acionada. Inicialmente, as consequências da ação estão sendo avaliadas pelos especialistas de segurança do próprio Tesouro e da Secretaria de Governo Digital.

“Nesta primeira etapa, avaliou-se que a ação não gerou danos aos sistemas estruturantes da Secretaria do Tesouro Nacional, como o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e os relacionados à Dívida Pública. As medidas saneadoras estão sendo tomadas”, afirmou a pasta por meio de nota. Segundo o ministério novas informações sobre o episódio serão divulgadas quando estiverem disponíveis.

O ataque na rede interna da secretaria foi identificado como "ransomware", ou seja, quando há bloqueio a partir da inserção de código, programa ou software nocivo que restringe o acesso ao sistema infectado. Nestes casos, geralmente é solicitado o pagamento de um resgate para que o acesso seja restabelecido. O pagamento quase sempre é cobrado por meio de criptomoedas, que são recursos financeiros digitais anônimos.

Já há um projeto no Congresso que pretende regulamentar esses ativos. Reguladores e supervisores em todo o mundo rejeitam as criptomoedas como um ativo confiável e manifestam preocupações relacionadas ao anonimato, algo que facilita a lavagem de dinheiro, o financiamento ao terrorismo e ações como a executada contra o Tesouro.

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