Economia

Tesouro nega benefício a SP em renegociação de dívida

Arno Augustin negou que a maior redução de dívida será a da cidade caso seja aprovada a mudança dos indexadores de endividamento de Estados e municípios


	Arno Augustin: negação foi feita após questionamento da imprensa de que a capital paulista seria a mais beneficiada com alteração
 (José Cruz/ABr)

Arno Augustin: negação foi feita após questionamento da imprensa de que a capital paulista seria a mais beneficiada com alteração (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 17h52.

Brasília - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, nega que a maior redução de dívida será a da cidade de São Paulo, sob a gestão do petista Fernando Haddad, caso seja aprovada a mudança dos indexadores de endividamento de Estados e municípios. A negação de Augustin foi feita nesta quarta-feira, 23, após questionamento da imprensa de que a capital paulista seria a mais beneficiada com a alteração.

A Câmara dos Deputados aprovou mais cedo o texto defendido pelo governo que troca o indexador da dívida de Estados e municípios. Ainda é necessário analisar as emendas, que podem promover modificações. O projeto substitui o fator de correção de débitos de Estados e municípios com a União do atual IGP-DI mais 6% a 9% anuais pelo IPCA mais 4% ou o teto da Selic - o que for menor.

Referindo-se ao IGP-DI mais 9%, Augustin disse: "não é razoável supor que qualquer ente deva ter esse tipo de tratamento". Ele afirmou, ainda, que o projeto trata das dívidas de forma justa. "Todos os entes federados têm o mesmo tratamento", disse, ainda em resposta à crítica de que o município de São Paulo seria o maior beneficiado. Augustin afirmou que o governo ainda não tem o cálculo do impacto da mudança do indexador. "Temos que retroagir. Ainda estamos fazendo esse trabalho."

Questionado se a mudança prejudica os cofres da União, Augustin disse que a proposta não altera a dívida total, apenas a relação: "O que acrescenta na nossa (União), diminui na deles (Estados e municípios). A situação fiscal do País como um todo permanece a mesma. Não é uma questão que preocupe. O que importa é a dívida como um todo".

O secretário espera que os plano de ajuste fiscal para municípios ajude melhorar a gestão fiscal. "Isso significa não só meta (de superávit), mas mais investimentos e o melhor gasto possível. É um esforço no sentido da melhoria da qualidade do gasto."

Acompanhe tudo sobre:Arno AugustinDívida públicaEconomistasTesouro Nacional

Mais de Economia

Senado aprova lei do licenciamento com emenda que acelera exploração de petróleo na Foz do Amazonas

China pede ‘calma’ para preservar comércio global ainda não afetado pela guerra tarifária

INSS: Ministério Público Federal recomenda que cidadãos vulneráveis sejam ressarcidos em 30 dias

Economia da Argentina cai 1,8% na comparação mensal — mas cresce 5,6% na variação anual