Economia

Tesouro emitirá dívida nos mercados externos em dólares

Os bônus em dólares com vencimento em 2023 serão vendidos hoje nos mercados dos Estados Unidos e da Europa


	Dólares: o anúncio do novo lançamento acontece um dia depois que a Vale realizou uma emissão de títulos de 30 anos por um valor de US$ 1,5 bilhão
 (Karen Bleier/AFP)

Dólares: o anúncio do novo lançamento acontece um dia depois que a Vale realizou uma emissão de títulos de 30 anos por um valor de US$ 1,5 bilhão (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2012 às 17h21.

Rio de Janeiro - O Tesouro Nacional anunciou que realizará, entre esta quarta-feira e amanhã um novo lançamento de títulos de dívida soberana em dólares nos mercados externos por um valor que ainda dependerá da demanda gerada pela operação.

Os bônus em dólares com vencimento em 2023 serão vendidos hoje nos mercados dos Estados Unidos e da Europa, mas a operação, dependendo de seus resultados, poderá ser estendida até amanhã nos mercados asiáticos. A nova emissão será liderada pelos bancos Deutsche Bank e BTG Pactual.

Em sua última emissão de títulos de dívida, em abril, o Tesouro captou R$ 3,150 bilhões em bônus denominados em reais com vencimento para 2024, para os quais acordou pagar uma taxa de juros de 8,6% por ano.

A última emissão de dívida soberana do Brasil em dólares foi em janeiro, quando o Tesouro captou US$ 825 milhões em títulos com vencimento para 2021, que, apesar da crise internacional, foram colocados com a menor taxa de juros já oferecida pelo país em operações similares.

Os títulos lançados em janeiro foram colocados sob juros de 3,449% ao ano, uma taxa inferior à oferecida por países como a Espanha e a Itália.

Em novembro do ano passado, o Tesouro já havia captado US$ 1,1 bilhão no exterior com o lançamento de bônus da dívida em dólares com vencimento em janeiro de 2041, pelos quais ofereceu ao investidor um rendimento de 4,69% anual.

O anúncio do novo lançamento acontece um dia depois que a Vale realizou uma emissão de títulos de 30 anos por um valor de US$ 1,5 bilhão.

A elevação da qualificação do risco da dívida soberana nos últimos meses e a maior resistência da economia à crise internacional permitiram ao governo emitir bônus para refinanciar dívidas antigas cada vez mais baratos.

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