Economia

Tesouro emite título para janeiro de 2045 e anuncia recompra

Título a ser emitido é novo e, segundo fonte com conhecimento do assunto, a operação acontecerá nos mercados norte-americano e europeu


	Dólares: títulos a serem recomprados têm vencimentos entre 2024 e 2041
 (Adek Berry/AFP)

Dólares: títulos a serem recomprados têm vencimentos entre 2024 e 2041 (Adek Berry/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 11h52.

Brasília/São Paulo - O Tesouro Nacional abriu nesta quarta-feira emissão de novo título em dólares com vencimento em janeiro de 2045 e anunciou a recompra de bônus com vencimentos entre 2024 e 2041, numa operação semelhante à feita no final do ano passado, com o objetivo de melhorar a curva de juros dos papeis brasileiros.

Segundo fonte com conhecimento do assunto, a operação com o novo título acontecerá nos mercados norte-americano e europeu. O Tesouro poderá estendê-la para a Ásia, mas isso dependerá de avaliações.

Em nota divulgada mais cedo, o Tesouro Nacional informou que "o objetivo da operação é melhorar a eficiência da curva denominada em dólares", sem informar ainda o montante que pretende emitir e recomprar.

"(A operação) cria um novo ponto na curva e troca papéis que já não são tão referência assim", disse a fonte à Reuters.

Atualmente, existe no mercado total de 11,9 bilhões de dólares em títulos vencendo em 2024, 2025, 2027, 2030, 2034, 2037 e 2041.

Em outubro passado, o Tesouro fez uma operação semelhante, quando recomprou o equivalente a 2,192 bilhões de dólares em bônus emitidos no exterior com vencimentos entre 2017 e 2030, usando parte dos novos bônus emitidos como forma de pagamento.

Ao todo, o país emitiu 3,25 bilhões de dólares em novo Global com vencimento em janeiro de 2025 naquele momento.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, já havia afirmado que estava sendo analisada a possibilidade de o governo lançar bônus em dólar com prazo mais longo, de 30 anos, e que uma emissão de títulos em iene continuava em perspectiva.

Segundo a fonte, que pediu anonimato, apesar de a emissão em iene não ter sido concretizada desta vez, "não quer dizer que saiu do radar".

Uma segunda fonte com conhecimento da operação informou que os mandatários da emissão serão Deutsche Bank, Itaú BBA e Bank of America Merrill Lynch. Essa fonte explicou que os bancos estão começando a sondar investidores com potencial spread de 2 pontos percentuais acima da taxa de juros do Treasury equivalente para a emissão.

A última vez que o Brasil foi ao mercado internacional foi em março, com a emissão de 1 bilhão de euros em novo bônus com vencimento em 1º de abril de 2021.

Atualizado às 11h52

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