Visitantes são conduzidos a um tour oficial no Capitólio dos Estados Unidos, após o fim da paralisação que durou 16 dias, em Washington (Jonathan Ernst/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2013 às 18h50.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos está rapidamente desfazendo as medidas extraordinárias que foi obrigado a adotar para evitar que fosse atingido o limite legal de endividamento do governo. Com a suspensão do teto da dívida até 7 de fevereiro, o Tesouro voltou ontem a financiar três fundos de pensão federais e a investir em uma conta destinada a promover a estabilidade cambial.
A administração federal também retomou as vendas de dívidas em nome de governos locais e estaduais, conhecidas pela sigla Slugs. Com a retomada dessas operações, o Tesouro deve ter estourado o limite de endividamento, de US$ 16,7 trilhões. Ou seja, se o Congresso não agir quando a suspensão do teto da dívida estiver para acabar, no início do próximo, o governo vai ter de recorrer novamente às manobras contábeis para evitar um calote.
O Partido Republicano tem pressionado recentemente para reduzir a capacidade do Fed de recorrer a essas medidas extraordinárias para evitar o teto da dívida. Segundo os analistas Shai Akabas e Brian Collins, do Centro Político Bipartidário, se o Tesouro precisar usar essas ações de novo no começo de 2014, o espaço de manobra será pequeno. "Nós acreditamos que as medidas extraordinárias devem ser exauridas entre o fim de fevereiro e meados de março, com o Tesouro ficando sem dinheiro em caixa dias após esse prazo terminar".
O instituo de pesquisa estima que a dívida pública dos EUA deve chegar a US$ 17,3 trilhões de euros em 8 de fevereiro do próximo ano, quando o limite de endividamento entrará novamente em vigor, quase US$ 600 bilhões acima do teto. Fonte: Dow Jones Newswires.