Economia

Tesouro: Brasil exercerá opção de compra do 5,875% Global 2019

Os papéis serão resgatados ao preço de 104,73% de seu valor de face. O valor financeiro da operação é de US$ 1,818 bilhão

Dólar: o Global 2019 foi um dos primeiros a contar com a opção embutida de compra (Alex Wong/Getty Images)

Dólar: o Global 2019 foi um dos primeiros a contar com a opção embutida de compra (Alex Wong/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 22h13.

Brasília - O Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira, 9, que o Brasil exercerá a opção de compra do título Global 2019 com cupom de 5,875% no mercado externo. A intenção já havia sido anunciada em 13 de outubro.

O papel é denominado em dólar e pertence à carteira da Dívida Pública Federal Externa (DPFe). A recompra será feita em 14 de novembro, retirando integralmente do mercado o título, que foi emitido em janeiro de 2009.

Os papéis serão resgatados ao preço de 104,73% de seu valor de face. O valor financeiro da operação é de US$ 1,818 bilhão. Em valor de face, o valor é de US$ 1,710 bilhão.

O Global 2019 foi um dos primeiros a contar com a opção embutida de compra, chamada de Make-Whole Call, que permite que o emissor recompre o título em qualquer data por um preço predefinido. Foi a primeira vez que o Brasil exerceu esse tipo de opção de recompra.

Nesse caso, o valor é calculado com base no fluxo de pagamentos remanescentes, descontados por uma taxa de referência.

"Todos os títulos da República em dólares emitidos no mercado internacional passaram a contar com essa opção, uma vez que sua inclusão não resulta em custos adicionais à emissão, além de conferir flexibilidade ao emissor para gerenciar seus passivos", explicou o Tesouro, em nota.

De acordo com o texto, a recompra de títulos emitidos há mais tempo e que já não representam adequadamente o crédito da República está em linha com as diretrizes do Plano Anual de Financiamento (PAF) e minimiza eventuais distorções na curva de juros e aumenta sua eficiência, dando referências de preços mais adequadas para as captações de empresas brasileiras no longo prazo.

"Além disso, a operação reduz de forma relevante as maturações de curto prazo da DPFe, o que minimiza o risco de financiamento", completa.

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