No entanto, essa carta da Tesla reflete o momento atual de algumas empresas dos EUA preocupadas com as tarifas de Trump. No documento, a empresa afirma que é importante garantir que os esforços de Washington para lidar com questões comerciais "não prejudiquem as empresas" do país.

"Ações comerciais passadas dos EUA resultaram em reações imediatas pelos países atingidos, incluindo o aumento das tarifas sobre veículos elétricos importados para esses países", aponta o documento.

A montadora disse também estar ansiosa para evitar retaliações como as que enfrentou em disputas comerciais passadas.

Tarifas de Trump

O presidente dos EUA planeja impor tarifas sobre veículos e peças fabricados em todo o mundo a partir de abril. Para o mesmo mês, está prevista a aplicação de tarifas de 25% sobre todos os produtos do Canadá e do México — a medida já tinha entrado em vigor, mas Trump voltou atrás.

Na última semana, um grupo que representa quase todas as principais montadoras de carros dos EUA fez um alerta sobre a política tarifária de Trump. Segundo as companhias, novas taxas de 25% sobre importações dos dois países levariam a um aumento drástico de preços.

A Autos Drive America, grupo comercial que representa montadoras estrangeiras como Toyota, Volkswagen, BMW, Honda e Hyundai, alertou que imposição de "tarifas de amplo alcance interromperá a produção nas fábricas de montagem dos EUA."

Ação teve maior queda desde 2020

Na segunda-feira, a montadora de Musk viu suas ações caírem mais de 15%, no pior pregão desde setembro de 2020. Desde dezembro, a montadora de carros elétricos perdeu mais de 50% de seu valor de mercado, quando atingiu um pico de US$ 1,5 trilhão. Hoje, está valendo pouco mais de US$ 754 bilhões.