Economia

'Ter que subir juros é uma situação cotidiana para quem está no BC', diz Galípolo

Para diretor de política monetária do Banco Central, inflação fora da meta é que representa situação 'desconfortável' para a autoridade

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de agosto de 2024 às 07h45.

Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 09h35.

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O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, voltou a dizer nesta quinta-feira que a autoridade pode aumentar a taxa básica de juros, a Selic, caso os indicadores econômicos apontem essa necessidade.

Ele comentou também que suas falas recentes não contradizem a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e que, na verdade, reforçam o conteúdo do documento. Segundo Galípolo, desconfortável é ter inflação acima da meta, e não a necessidade de subir os juros.

— A minha interpretação é que posição difícil para o Banco Central é inflação fora da meta. A inflação fora da meta é uma situação desconfortável. Ter que subir juros é uma situação cotidiana para quem está no Banco Central — disse.

Galípolo, apontado como principal candidato a assumir a presidência do Banco Central no próximo ano, após encerramento do mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, esteve em evento promovido pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo.

Ele mencionou ainda que não há uma relação mecânica entre câmbio e política monetária, ressaltando que o BC está de olho em uma série de outras variáveis econômicas para balizar sua decisão em relação à taxa de juros.

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