Economia

Tempo seco na Costa do Marfim pode disparar déficit de cacau

O clima seco na Costa do Marfim deve reduzir a produção e pode levar a um déficit global na próxima temporada que vai de outubro deste ano a setembro de 2016


	Cacau: vários analistas estão esperando até uma queda ainda maior na safra da Costa do Marfim
 (AFP/ Franck & Christine Dziubak)

Cacau: vários analistas estão esperando até uma queda ainda maior na safra da Costa do Marfim (AFP/ Franck & Christine Dziubak)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 18h04.

Londres - O clima seco na Costa do Marfim, grande produtor de cacau, deve reduzir a produção e pode levar a um déficit global na próxima temporada que vai de outubro deste ano a setembro de 2016, disseram analistas disseram na terça-feira.

"Nós estamos vendo um padrão climático bastante incomum e particularmente seco no momento", disse Euan Mann, presidente da Complete Commodity Solutions, em uma conferência da Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês).

"Em nossa visão é provável que isto leve a uma safra abaixo das tendências, particularmente na Costa do Marfim", acrescentou.

Ele observou que a entidade atualmente estima a safra da Costa do Marfim em 100 mil toneladas abaixo da média, atingindo 1,1 milhão de toneladas.

Mann disse que a queda na produção da África Ocidental, combinada com a possibilidade de que um El Niño forte reduza a produção do Equador, pode levar a um déficit global de cerca de 125 mil toneladas na temporada 2015/16.

Ele citou que vários analistas estão esperando até uma queda ainda maior na safra da Costa do Marfim.

Segundo os números da ICCO, 72 por cento da produção mundial de cacau sai da África, com a maior parte sendo produzida no oeste do continente.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaAlimentosClimaCosta do MarfimTrigo

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos