Economia

Ajuste fiscal tem que ser prioridade nº 1 , diz Meirelles

Meirelles afirmou que, tendo em vista a carga tributária elevada brasileira, a resolução para a questão fiscal passa por uma revisão das despesas públicas


	Ajuste fiscal: Meirelles afirmou que, tendo em vista a carga tributária elevada brasileira, a resolução para a questão fiscal passa por uma revisão das despesas públicas
 (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Ajuste fiscal: Meirelles afirmou que, tendo em vista a carga tributária elevada brasileira, a resolução para a questão fiscal passa por uma revisão das despesas públicas (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2015 às 11h06.

São Paulo - O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles afirmou na manhã desta sexta-feira, 13, que é preciso estabelecer como "prioridade número um" a questão do ajuste fiscal. A declaração foi dada durante evento em São Paulo, promovido pelo Instituto Millenium com ex-presidentes do BC.

"É fundamental uma trajetória consistente da dívida pública. A trajetória da dívida tem de ser revertida e estabelecermos como prioridade número um o ajuste fiscal e o equacionamento dessa questão", afirmou.

Segundo ele, é preciso enfrentar os problemas de curto prazo, mas deixar claro que serão endereçadas questões mais estruturais.

"Algumas delas são de difícil equacionamento, inclusive político. Se fosse fácil, teríamos resolvido há muito tempo. Isso acontece com o aumento constante das despesas públicas por um período muito longo".

Meirelles afirmou que, tendo em vista a carga tributária elevada brasileira, a resolução para a questão fiscal passa por uma revisão das despesas públicas.

"Isso deve passar por medidas de ordem legal e mesmo constitucional. É um ponto importante de mobilização no Brasil atualmente é a limitação das despesas públicas, em vez de garantir simplesmente que as despesas estejam asseguradas pelas normas legais e constitucionais".

Ele admitiu, no entanto, que talvez seja preciso, no curto prazo, um aumento de impostos, em função de uma questão emergencial de reverter a trajetória da dívida pública.

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