Economia

Temor com rating dos EUA faz índice cair dos 68 mil pts

Por Aluísio Alves SÃO PAULO (Reuters) - Comentários da Moody's sobre os ratings soberanos e números decepcionantes da economia europeia e de companhias norte-americanas pesaram na bolsa paulista, que fechou esta terça-feira no vermelho.   Sob peso das perdas das ações de empresas de commodities, o Ibovespa recuou 1,14 por cento, para 67.728 pontos. O […]

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2009 às 17h35.

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Comentários da Moody's sobre os ratings soberanos e números decepcionantes da economia europeia e de companhias norte-americanas pesaram na bolsa paulista, que fechou esta terça-feira no vermelho.

Sob peso das perdas das ações de empresas de commodities, o Ibovespa recuou 1,14 por cento, para 67.728 pontos. O movimento financeiro da sessão foi de 6,18 bilhões de reais.

A Moody's inquietou os investidores ao afirmar que EUA e Grã Bretanha terão que provar que podem reduzir seus déficits para evitar ameaças ao rating triplo A que possuem. Ao mesmo tempo, a Fitch rebaixou o rating da Grécia e cresceram temores de que o mesmo aconteça em breve com o México.

"A mensagem é que os ratings dos Estados Unidos não são mais intocáveis e que outros países afetados pela crise também podem ter corte na nota soberana", disse o economista-chefe do Banco Geração Futuro, Gustav Gorski.

Os dados macroeconômicos globais acrescentaram pessimismo aos negócios, com a atividade industrial tendo uma inesperada queda e patinando na Grã-Bretanha em outubro, frustrando expectativas do mercado.

O quadro menos amigável para as bolsas foi completado com perspectivas de lucro frustrantes da 3M para 2009 e queda nas vendas do McDonalds. Em Wall Street, os principais índices caíam ao redor de 1 por cento. Antes, o mais importante indicador acionário da Europa fechou no menor nível em uma semana.

Na bolsa paulista, sete das dez ações que mais pesaram sobre o Ibovespa foram de empresas de commodities, seguindo a queda nos preços de matérias-primas como petróleo e metais.

Em destaque, o papel preferencial da Usiminas tombou 3,2 por cento, valendo 50,30 reais. A preferencial da Petrobras retrocedeu 2,1 por cento, para 37,59 reais, e a da Vale caiu 1 por cento, a 41,13 reais.

Entre as poucas altas do dia, Pão de Açúcar subiu 1,2 por cento, para 63,75 reais, após a Fitch ter alterado para positiva a perspectiva do rating da empresa, seguindo-se à compra, pela companhia, da Casas Bahia, na última sexta-feira.

Mas o setor aéreo foi, pelo segundo dia, o que mais brilhou no Ibovespa. TAM ficou no topo, com avanço de 3,9 por cento, a 34,65 reais. Gol cresceu 3 por cento, para 27,29 reais.

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