Economia

Temer: se não cuidar de gastos, em 2023 serão 100% do PIB

Presidente disse também que o Brasil está preparado para conter os gastos públicos e que ela é "fundamental para o país"

Michel Temer: presidente reafirmou que o teto é "geral" e que o governo terá "setores prioritários"

Michel Temer: presidente reafirmou que o teto é "geral" e que o governo terá "setores prioritários"

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 11h05.

Brasília - O presidente Michel Temer rebateu mais uma vez as críticas a PEC do teto dos gastos e disse que, ao contrário da oposição, que tem chamado a matéria de "PEC da morte", ele chama de "PEC da Vida".

"O Estado é mais ou menos como a sua casa. Temos um déficit de R$ 170 bilhões, isso significa quase 70% do PIB. Nas projeções que estão sendo indicadas, se não cuidarmos da contenção dos gastos, em 2023, 2024, será 100% do PIB, ou seja, o Estado brasileiro irá a falência", disse, em entrevista à rádio Itatiaia.

Temer disse ainda que o Brasil está preparado para conter os gastos públicos e que ela é "fundamental para o país".

"As pessoas não leem a PEC, ou tem má vontade", afirmou Temer, ressaltando também que tem recomendado que as pessoas leiam o Orçamento de 2017 para ver que amedida não vai tirar recursos de áreas como saúde e educação.

"Mandamos um orçamento como a PEC já tivesse sido admitida", comentou.

O presidente reafirmou que o teto é "geral" e que o governo terá "setores prioritários". "Nós aumentamos as verbas para saúde e educação e evidentemente teremos que tirar de outros setores", afirmou.

Temer destacou o apoio do Congresso a votação e disse que isso demonstrado que o Brasil está preparado para conter os gastos. "A primeira coisa que se cobra: primeiro o poder público vê o que pode fazer consigo para depois pensar em impostos, coisas dessa natureza", disse.

Ao ser questionado sobre posição de especialistas contrários a PEC, Temer recomendou que "façam a leitura dessas matérias".

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