Economia

Temer recebe proposta para criar conselho fiscal nacional

A proposta, que foi apresentada pelo presidente da Firjan, iria monitorar os gastos públicos e dar transparência à sociedade


	Eduardo Eugênio: a proposta, que foi apresentada pelo presidente da Firjan, iria monitorar os gastos públicos e dar transparência à sociedade
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Eduardo Eugênio: a proposta, que foi apresentada pelo presidente da Firjan, iria monitorar os gastos públicos e dar transparência à sociedade (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2016 às 14h46.

Brasília - Na véspera da votação da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, no plenário do Senado, o vice-presidente Michel Temer recebe, no Palácio do Jaburu, parlamentares de partidos como PSDB, PSB, DEM, Solidariedade e PMDB.

Nos últimos dias, Temer tem articulado a formação de seu governo para o caso de um afastamento da presidente Dilma após a votação de amanhã (11).

Na manhã de hoje (10), Temer se reuniu com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio, para discutir economia.

O presidente da Firjan apresentou a proposta de criação de um Conselho Fiscal Nacional para monitorar os gastos públicos e dar transparência à sociedade.

Segundo Eduardo Eugênio, Temer demonstrou interesse pela proposta.

“O Brasil não fabrica dinheiro, os recursos disponíveis são aqueles advindos de impostos, então, temos que tomar muito cuidado para que se faça coisas que se confira mais interesse possível à sociedade brasileira como um todo. Tenho a impressão que esse Conselho daria transparência e seria uma forma de comunicar com a sociedade da importância dessa matéria”, explicou

Eduardo Eugênio comentou os efeitos diretos da política na economia ao falar sobre a movimentação política de ontem (9) com a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, de anular as sessões de votação do impeachment da presidente Dilma, e posterior revogação.

Ele citou a alta do dólar ocorrida ontem para exemplificar como a política afeta diretamente a economia.

“É importante que as pessoas que forem fazer essas excentricidades entendam que isso afeta a economia real”, disse. “Não há nada que se discuta em política que não afete a economia real e estamos falando de emprego, de famílias. Isso talvez tenha sido uma lição para pretensas outras pessoas que queriam fazer uma coisa assim sem ser pensada”, completou o presidente da Firjan.

O vice-presidente tem discutido com parlamentares e pessoas ligadas à área da economia o direcionamento que dará à política econômica do país caso assuma a presidência da República.

Ontem (9), recebeu o empresário Abílio Diniz e, nos últimos dias, tem se reunido frequentemente com o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, cotado para integrar a equipe econômica de um eventual governo Temer.

Desde o início da manhã Temer recebe no Jaburu parlamentares como os deputados Heráclito Fortes (PSB-PI), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Paulo Pereira (SD-SP), Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Marcus Pestana (PSDB-MG).

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