Temer: o presidente disse também que a taxa de quase 480% no rotativo do cartão de crédito é inadmissível (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 19h31.
Praia Grande - O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira, 12, que seu governo já reduziu os juros e que "há a expectativa - nada está dado ainda - de que os juros caíam paulatinamente, de maneira responsável".
A declaração foi dada durante a inauguração de uma escola com o nome do irmão dele, Fued Temer, em Praia Grande, na Baixada Santista (SP).
Segundo Temer, isso foi possível graças à queda da inflação, que ficou dentro da meta no ano passado, e já está dando resultado, tanto que vários bancos já anunciaram redução dos juros cobrados.
O presidente disse também que a taxa de quase 480% no rotativo do cartão de crédito é inadmissível e por isso sua equipe econômica fez um esforço e vai conseguir reduzir para menos da metade, a 180%, "o que ainda é um nível alto".
O presidente também afirmou que o governo vai liberar até R$ 30 bilhões em contas inativas do FGTS a partir do fim de fevereiro e que isso deve injetar dinheiro na economia.
Temer afirmou ainda que a realidade hoje no Brasil "infelizmente ainda é de insegurança" na questão dos presídios.
Segundo ele, apesar de a segurança ser uma função primordialmente do governo do Estado, a União está ajudando e recentemente anunciou a construção de cinco presídios federais e verbas para que os governadores construam mais um presídio por Estado.
Questionado sobre o tema durante uma breve coletiva de imprensa, o presidente afirmou que é preciso investir mais em educação para que não haja necessidade de investir tanto em segurança.
Segundo ele, "diferentemente do que costumam dizer nós estamos revalorizando o orçamento da Educação e da Saúde".
O presidente voltou a dizer que a reforma do ensino médio é fundamental e que o Brasil precisa de unificação e pacificação da sociedade.
"Em pouquíssimo tempo conseguimos realizar boas coisas no País. Somos um governo reformista", declarou.
Segundo ele, aprovado o teto dos gastos, a reforma da Previdência e a trabalhista, o governo vai começar a pensar em novas reformas, incluindo a federativa, que vai dar mais autonomia para Estados e municípios.
"É lógico que isso depende de estudos, mas eles já estão sendo feitos".