Economia

Temer diz que saque de contas inativas foi ação "de sucesso"

Em vídeo, o presidente enalteceu a medida e destacou novamente que sua preocupação central é com a retomada do emprego

Michel Temer: "O Brasil não pode, não deve e não vai parar" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "O Brasil não pode, não deve e não vai parar" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 19h50.

Brasília - No dia que antecede a sessão que deve apreciar a denúncia contra ele por corrupção passiva, o presidente Michel Temer voltou a usar o recurso de vídeo para exaltar feitos do governo.

Desta vez, o assunto escolhido foi a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), que ele classificou como criativa.

No vídeo, Temer aproveitou para fazer um afago a sua equipe econômica, que chamou de "heróis".

Ao enaltecer a medida o presidente destacou novamente que sua preocupação central é com a retomada do emprego e disse que lutará por isso "até o ultimo dia do meu governo".

Sem citar a situação política que vive, Temer afirmou apenas que terá força para enfrentar as "injustiças".

"Administrar um país é administrar prioridades e quando a prioridade é para os que mais precisam o dever cumprido fica prazeroso e nos da força para enfrentar outras injustiças", disse, destacando que o Brasil "não pode, não deve e não vai parar".

"No que depender do seu presidente, podem estar certo, disposição e coragem não me faltarão para melhorar e reformar o que for preciso", completou.

Dirigindo-se aos espectadores novamente como "meus amigos e minhas amigas", Temer fez um balanço do saque das contas inativas, que teve o prazo encerrado na segunda-feira, 31, e disse que a ação foi um "sucesso". "Uma ação criativa e que deu um extraordinário resultado", disse.

Temer afirmou ter "a coragem e a iniciativa" de encomendar a medida que resultou em aproximadamente R$ 43 bilhões que foram repassados a cerca de 25 milhões de contribuintes.

"Por um lado era uma ação simples, bastava devolver o dinheiro aos seus verdadeiros donos. Simples para mim, simples para você, mas entrava governo, saia governo e nunca ninguém pensou nisso. Nunca ninguém fez nada. Ficava aquele dinheirão parado", afirmou.

Em um estilo diferente, Temer se nomeou "gestor responsável" e disse que é preciso inovar.

"Tem horas que tem que ter a sensibilidade e perceber que devolver para sociedade o que lhe pertence é a obrigação de um gestor responsável".

Elogios

O presidente disse que tomou a medida sem descuidar do equilíbrio das contas públicas e que pensou na necessidade dos brasileiros em pagarem dívidas ou consumirem.

Temer aproveitou para elogiar a equipe econômica, sem citar nominalmente nenhum ministro.

"Quero parabenizar minha equipe econômica, vocês foram verdadeiros heróis, rápidos e sensíveis", afirmou. Temer também fez um agradecimento aos funcionários da Caixa Econômica Federal, que trabalharam aos sábados para garantir os saques, e disse que eles foram "verdadeiros guerreiros".

 

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