Economia

Temer decide ida de Dyogo Oliveira para a presidência do BNDES

Atual ministro do Planejamento resiste à troca, mas se tiver mesmo de sair, pretende deixar no posto seu atual secretário executivo, Esteves Colnago

 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

(Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de abril de 2018 às 12h17.

Brasíia - Em meio aos desdobramentos da Operação Skala, que levou à prisão pessoas de seu convívio pessoal, o presidente Michel Temer decidiu neste sábado, 31, pela ida de Dyogo Oliveira, atual ministro do Planejamento, para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele, porém, resiste à troca.

Mas, se tiver mesmo de sair, pretende deixar no posto seu atual secretário executivo, Esteves Colnago. Dessa forma, haveria continuidade na atuação da pasta, tal como vai ocorrer na Fazenda, onde Henrique Meirelles será substituído pelo atual número dois, Eduardo Guardia.

Outro ponto delicado a ser definido é o comando da pasta de Minas e Energia. Um dos cotados para o posto é o ex-diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos. Porém, sua nomeação enfrenta resistências na área técnica e coloca ainda mais em risco a privatização da Eletrobrás e as negociações da cessão onerosa.

Isso porque o secretário-executivo, Paulo Pedrosa, um dos principais negociadores da privatização, tem dito a amigos que pretende deixar o cargo se a troca no comando da pasta trouxer uma mudança na condução política do programa. Pela mesma razão, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr., prepara-se para deixar o cargo.

Uma fonte do governo disse que essa baixa traria grandes prejuízos, uma vez que o executivo tem segurado "no braço" os fortes ajustes que vêm sendo realizados na estatal com o objetivo de prepará-la para a privatização.

As alterações na composição do Ministério foram discutidas neste sábado, no Palácio do Jaburu, onde Temer recebeu o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Wellington Moreira Franco, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR).

Na conversa, falou-se sobre a permanência de Aloysio Nunes Ferreira no comando do Ministério das Relações Exteriores. O senador tucano, porém, ainda não se decidiu.

Mais cedo, Temer havia fechado a sucessão no Ministério da Saúde. O posto hoje ocupado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR) ficará com o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi. Para a presidência do banco irá o atual vice-presidente de Habitação, Nelson Antônio de Souza.

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