Economia

Telecom Italia vai investir mais no Brasil em três anos

Empresa, controladora da TIM, anunciou seu plano de negócios que inclui aumento de investimentos no Brasil para até R$ 14 bilhões


	Loja da TIM, da Telecom Italia: controladora anunciou que pretende aumentar investimentos no Brasil nos próximos anos
 (Marc Hill/Bloomberg)

Loja da TIM, da Telecom Italia: controladora anunciou que pretende aumentar investimentos no Brasil nos próximos anos (Marc Hill/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 16h34.

Roma - A companhia Telecom Italia apresentou nesta terça-feira seu plano estratégico para os próximos três anos, que inclui o aumento dos investimentos no Brasil para o desenvolvimento de infraestruturas de rede, para fortalecer sua presença no país e vender sua filial na Argentina antes do final deste ano.

Junto com o plano estratégico, o grupo também informou de seus resultados preliminares de 2015. A empresa faturou 19,718 bilhões de euros (cerca de R$ 88,73 bilhões), 8,6% a menos que os 21,573 bilhões de euros do ano anterior.

Marco Patuano, CEO da empresa italiana, que é dona da TIM no Brasil, detalhou em entrevista coletiva realizada em Londres seu plano industrial para o triênio 2016-2018.

Ele apontou para o "necessário aumento dos investimentos" tanto no Brasil como na Itália.

No Brasil, o grupo prevê investir "não mais de R$ 14 bilhões", como confirmou em entrevista coletiva o administrador da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, montante que estará voltado ao desenvolvimento de infraestruturas de rede.

Abreu confirmou que no país também farão grandes "ações para readquirir eficiência", com as quais a companhia pretende recuperar mais de R$ 1 bilhão em 2017, e os movimentos destinados a "acelerar a cobertura de dados 3G e 4G".

Ele reconheceu que o Brasil "vive neste momento algumas turbulências", que apresenta um cenário "difícil", embora tenha reiterado que a companhia tentará "ser o mais eficiente possível".

Já Patuano afirmou que entre os objetivos da Telecom está "fortalecer sua presença" no Brasil, país em que "o plano de ação será autofinanciado pela companhia".

Na Itália, no entanto, ele estimou destinar até 12 bilhões de euros (R$ 54 bilhões), dos quais 6,7 bilhões de euros serão para inovação.

Desta maneira, o grupo pretende aumentar a cobertura na Itália com redes da nova geração Y e chegar com fibra óptica a 84% da população e com a tecnologia 4G a 98%.

"Estabilizar a receita proveniente dos clientes da rede fixa" é outra das prioridades da italiana, assim como "continuar crescendo em número de clientes de telefonia celular".

O plano estratégico da empresa também inclui a venda - "antes do final de 2016" - da filial de torres de telecomunicações Infrastrutture Wireless Italiane Spa (Inwit), e de sua filial Telecom Argentina.

A conclusão destas operações, explicou Patuano, permitirá estabilizar o lucro bruto de exploração (Ebitda) em 2016 para que "o fluxo livre de caixa possa ser mais previsível".

Finalmente, a Telecom Itália reduzirá substancialmente os custos operacionais para diminuir o endividamento.

Em 2016, a companhia não dará "dividendos por ações ordinárias", ressaltou o diretor financeiro da Telecom Italia, Piergiorgio Peluso, mas pagará "o mínimo previsto pela lei para as ações de poupança".

Embora não tenha tornado público hoje, o grupo de telecomunicações estimou que em 2015 seu lucro consolidado caiu do 1,35 bilhão de euros em 2014 para 150 milhões de euros ano passado.

A Telecom também informou hoje de alguns dados sobre a TIM Brasil, que foi prejudicada pela crise econômica no país.

A TIM Brasil registrou receita em 2015 de R$ 17,139 bilhões (3,84 bilhões de euros), queda de 12,1% em relação ao ano anterior.EFE

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