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Tebet vê janela para 'apertar os cintos' nas contas públicas após eleições

Para ministra, ajustes fiscais são necessários, mas não é preciso alterar arcabouço para isso

Agência o Globo
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Publicado em 24 de abril de 2025 às 17h48.

Última atualização em 24 de abril de 2025 às 18h07.

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira, 24, que o Brasil pode ter uma “janela” de oportunidade para discutir medidas mais duras de ajuste fiscal após as eleições de 2026. Ela defendeu a ideia de uma “PEC do apertar os cintos” para rever despesas e organizar as contas, sem precisar mudar o atual arcabouço fiscal.

— Temos uma janela que é após eleição, seja qual for o próximo presidente da República, uma janela de oportunidade da PEC do apertar os cintos. Nós não precisamos mudar o arcabouço, precisamos estabelecer certos parâmetros — disse a ministra em entrevista à CNN Brasil.

Para ela, os ajustes serão necessários, mas o momento mais viável para isso seria após as eleições de 2026.

— O Congresso não costuma aprovar reformas em ano eleitoral — afirmou

Tebet explicou que as despesas obrigatórias, como aposentadorias e precatórios, estão crescendo rápido e vão deixar pouco espaço para investimentos. Ela também defendeu o Bolsa Família, destacando sua importância econômica e social, mas reconheceu que o programa precisa de melhorias.

Ao comentar sobre os desafios da política fiscal, a ministra apontou que o governo tentou medidas mais restritivas, mas esbarrou na resistência do Congresso. Ainda assim, ela ressaltou que o Executivo segue empenhado na revisão de gastos e na criação de condições para cumprir promessas de campanha, como a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda.

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