Brasília - As taxas de juros cobradas das famílias subiram em abril, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (29).
De março para o mês passado, houve alta de 0,4 ponto percentual para 42% ao ano.
Já para as empresas, houve queda de 0,2 ponto percentual para 22,9% ao ano.
A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, tanto para empresas quanto para famílias ficou estável, em 3,3% e em 6,5%, respectivamente.
Os dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros caiu 0,3 ponto percentual para as famílias (7,7% ao ano) e subiu 0,2 ponto percentual para empresas (8,2% ao ano).
A inadimplência subiu 0,1 ponto percentual para pessoas jurídicas (0,5%) e físicas (1,9%).
O saldo das operações de crédito chegou a R$ 2,777 trilhões, em abril, com alta de 0,6% no mês e 13,4% em 12 meses encerrados em abril.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, o saldo correspondeu a 55,9%, estável em relação a março.
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1. Citibank cobra maior juro do Brasil no cheque especial
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Segundo a mais recente pesquisa do Banco Central sobre as taxas cobradas dos clientes que usam o cheque especial, o Citibank tem o maior juro entre os 33 bancos instalados no país que oferecem essa modalidade de crédito. A filial do banco americano cobra nada menos do que 9,71% ao mês de seus clientes – ou impressionantes 204,1% ao ano. A taxa é quase cinco vezes maior que a do Banco Cruzeiro do Sul, que oferece os juros mais baixos do mercado brasileiro (1,98%). Todos os bancos são obrigados a informar semanalmente ao BC as taxas cobradas dos clientes. Segundo especialistas em finanças pessoais, os correntistas devem evitar ao máximo o uso do cheque especial. Essa modalidade de crédito só deve ser utilizada durante períodos curtíssimos de tempo para cobrir algum compromisso financeiro inadiável. Para a aquisição de bens, por exemplo, outras linhas de crédito são bem mais baratas. Segundo pesquisa do Procon-SP, a taxa média cobrada pelos bancos no cheque especial em 2009 alcançou 8,78% ao mês enquanto que os juros do empréstimo pessoal foram de 5,49%. Para quem deseja comprar um imóvel ou um veículo, a maioria dos bancos oferece linhas específicas para esses fins com juros de 1% a 2% ao mês - dependendo, obviamente, do perfil do tomador. Por último, também existe o empréstimo consignado, que está disponível para trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos e aposentados. Nesse caso, os juros costumam ser inferiores a 3% ao mês.
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2. Com juro de 9,21% ao mês, Santander é vice-campeão
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Maior banco espanhol, o Santander tem um plano ambicioso de abertura de agências e de expansão da carteira de crédito no Brasil. Para fazer frente a rivais como o Bradesco, o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil, a instituição fez no ano passado uma oferta pública de ações em que captou 13,2 bilhões de reais. O dinheiro tem sido usado para colocar mais dinheiro à disposição dos clientes que precisam de crédito. Ao menos em relação ao cheque especial, no entanto, o melhor que o correntista tem a fazer é ficar longe da linha. O Santander cobra 9,21% ao mês de juros. Isso significa que, se um cliente tomar 1.000 reais emprestado via cheque especial, ao final de 12 meses terá de pagar um montante de 2.878,39 reais para quitar a dívida com o banco. Já as menores taxas são cobradas pelos bancos Cruzeiro do Sul (1,98% ao mês), Fator (2,58%) e Alfa (2,69%). Entre as grandes instituições, os juros mais baixos estão no Safra (5,12%), na Caixa Econômica Federal (6,58%) e no Banco do Brasil (8,05%).
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3. Banrisul cobra 8,70% ao mês de clientes
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Ao lados das pequenas empresas, as pessoas físicas são o foco do Banrisul, o banco público controlado pelo governo gaúcho. A importância dos pequenos correntistas é tão grande que o banco destina boa parte de sua verba publicitária para um esporte de massa como o futebol. A marca da instituição está estampada tanto nas camisetas do Grêmio quanto do Internacional, os dois maiores times do estado. Mas não é por esse motivo que o Banrisul alivia nas taxas cobradas das pessoas físicas. Segundo os dados do BC, o banco cobra 8,70% de juros ao mês no cheque especial, a sexta maior taxa do Brasil.
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4. Banco JBS também engorda juros do cheque
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Apesar do nome, o Banco JBS não tem como objetivo financiar as operações do maior frigorífico do Brasil, o JBS-Friboi. Foi criado, na verdade, com a intenção de dar crédito e fidelizar os pecuaristas que fornecem os bois que serão abatidos em suas plantas. Caso precise de capital para a engorda dos animais ou para a melhoria das instalações da fazenda, no entanto, o produtor deve procurar uma linha mais barata que a do cheque especial. O Banco JBS cobra 8,54% de juros nessa modalidade, a sétima maior taxa do país. O problema do pecuarista é que geralmente os bancos privados não gostam de financiar a produção no campo, considerada cíclica e sujeita a riscos imponderáveis como os fenômenos climáticos. O BB é o único grande banco a atuar com força nesse segmento. E quanto menor a concorrência, maiores costumam ser as taxas cobradas dos clientes.