Economia

Taxa de desemprego sobe 7,8% em fevereiro, primeira alta desde abril de 2023

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 28 de março de 2024 às 09h30.

Última atualização em 30 de abril de 2024 às 08h47.

A taxa de desemprego subiu para 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024. O resultado representa um avanço de 0,3 ponto percentual. Na comparação com o mesmo período de 2023, a taxa de desocupação recuou 0,8 ponto percentual. 

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa do mercado financeiro era de uma taxa de 7,6%. 

Taxa de desemprego no Brasil em fevereiro de 2024

  • A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,8no trimestre entre de dezembro 2023 a fevereiro de 2024

Por que o desemprego ficou subiu em fevereiro de 2024?

Segundo a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o aumento da taxa de desemprego está associado as pessoas que não estavam procurando vagas em dezembro e voltaram a buscar uma ocupação nos primeiros meses do ano.  

"Essa alta está associada ao retorno de pessoas que, eventualmente, tinham interrompido a sua busca por trabalho em dezembro e voltaram a procurar uma ocupação nos meses iniciais do ano seguinte", disse Beringuy, em nota. 

Com esse fenômeno, o número de pessoas em busca de trabalho chegou a 8,5 milhões de pessoas, com alta de 4,1% na comparação trimestral, o que equivale a mais 332 mil pessoas buscando uma ocupação. 

Esse foi o primeiro aumento desse contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2023. Mesmo crescendo, o número de desocupados ainda ficou 7,5% abaixo do que fora registrado no mesmo trimestre móvel de 2023 (9,2 milhões de pessoas).

O número de pessoas que estavam trabalhando no país se manteve nos 100,2 milhões, sem apresentar variação estatisticamente significativa na comparação trimestral. Além disso, essa população ocupada está 2,2% acima do contingente registrado no mesmo trimestre móvel do ano passado (99,1 milhões de trabalhadores).

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