Payroll: economistas ouvidos pela consultoria Refinitiv esperam que tenham sido criadas 164 000 vagas de emprego, dando indícios de que a economia americana continua em bom ritmo (Spencer Platt/Getty Images)
Natália Flach
Publicado em 10 de janeiro de 2020 às 06h30.
Última atualização em 10 de janeiro de 2020 às 06h44.
São Paulo — Os Estados Unidos estão no extremo oposto do Brasil quando o assunto é mercado de trabalho. A expectativa é de que os dados de lá — que serão divulgados nesta sexta-feira (10) — mostrem que o desemprego permaneceu no menor patamar histórico, de 3,5%, em dezembro. Ou seja, na chamada terra das oportunidades, quase todos que querem (e podem) trabalhar estão empregados. Por aqui, a situação é bem diferente.
A estimativa da Tendências Consultoria é de que a taxa de desemprego tenha ficado em 11,9%, em 2019. "Para este ano, projetamos 11,7% de desemprego no nosso cenário-base; já na conjuntura pessimista, prevemos 12% e, na otimista, 11,4%", afirma Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria.
Economistas ouvidos pela consultoria Refinitiv esperam que tenham sido criadas 164.000 vagas de emprego nos Estados Unidos em dezembro, segundo reportagem da CNN. O número é 38% menor do que o de novembro, porque os dados do penúltimo mês do ano levam em consideração a retomada das atividades na General Motors, que ficou parada durante seis semanas, por causa uma greve.
Mesmo excluindo esse evento único, "a tendência subjacente à criação de empregos foi sólida, se não ligeiramente melhorada", escreveu Robert Kavcic, economista sênior da BMO, em nota a clientes, segundo a CNN.
Entre janeiro e novembro do ano passado, a média de criação de vagas foi de 180.000, de acordo com o Departamento do Trabalho .
Os dados positivos de contratação confirmam que a economia americana continua em um bom ritmo, apesar da desaceleração global e das tensões com vários de seus parceiros comerciais, especialmente com a China.