Desemprego: número é um dos menores (Amanda Perobelli/Reuters)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 27 de junho de 2025 às 09h03.
Última atualização em 27 de junho de 2025 às 09h23.
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio de 2025 caiu para 6,2%, variação de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de encerrado em fevereiro de 2025 (6,8%) e queda de 1,0 p.p. ante o trimestre móvel encerrado em maio de 2024, quando a taxa foi de 7,1%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da expectativa do mercado financeiro, que projetava uma taxa de 6,4%.
Entre março e maio de 2025, o Brasil registrou cerca de 6,8 milhões de pessoas desocupadas. Em comparação com o trimestre móvel anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), quando o número de desocupados era de 7,5 milhões, houve uma queda de 8,6%, o que representa uma redução de 644 mil pessoas desocupadas.
No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior (março a maio de 2024), a diminuição foi ainda mais significativa. O número de desocupados recuou 12,3%, o que equivale a 955 mil pessoas a menos na força de trabalho sem ocupação.
“Os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas. Assim, semelhante às divulgações anteriores, o mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais”, explica William Kratochwill, analista da pesquisa.
A população ocupada no trimestre encerrado em maio de 2025 alcançou cerca de 103,9 milhões de pessoas, um crescimento de 1,2% em relação ao período anterior. Quando comparado ao mesmo trimestre de 2024, quando o total de ocupados era de 101,3 milhões, houve uma alta de 2,5%, o que representa um acréscimo de [grifar]2,5 milhões de pessoas.
O índice de ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas na população em idade de trabalhar, chegou a 58,5%, registrando uma elevação de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, quando o indicador era de 58,0%. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (57,6%), houve um aumento de 1,0 ponto percentual.
Entre os destaques da PNAD está o patamar recorde de contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, cerca de 39,8 milhões de pessoas. O resultado representa estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas é um crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
O número de desalentados, população que desistiu de procurar emprego e, portanto, não está mais incluída na força de trabalho, teve forte queda e registrou o menor patamar desde 2016. Segundo dados, queda foi de 10,6% comparada ao trimestre encerrado em abril, e de 13,1% ante o mesmo período de 2024.