Economia

Taxa de desemprego no Brasil cai e fica em 8,7% no trimestre até setembro, mostra Pnad

Taxa recuou a 8,7%, a menor desde junho de 2015, com novo recorde de ocupados

Trabalho: taxa de desemprego vem caindo há meses. (Amanda Perobelli/Reuters)

Trabalho: taxa de desemprego vem caindo há meses. (Amanda Perobelli/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de outubro de 2022 às 09h46.

Última atualização em 27 de outubro de 2022 às 09h55.

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,7% nos três meses encerrados em setembro, a menor desde junho de 2015. Mas ainda há 9,5 milhões de pessoas buscando uma oportunidade de trabalho no país, segundo dados, que integram a Pnad Contínua (Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE na manhã desta quinta-feira.

A pesquisa mostra que o rendimento cresceu tanto na comparação trimestral (3,7%) quanto na anual (2,5%), chegando a R$ 2.737. É a primeira vez que a renda cresce ante igual período do ano anterior desde junho de 2020, quando o país vivia uma das fases mais críticas da pandemia, com fechamento do comércio.

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A taxa de desemprego vem caindo há meses. Estava em 8,9% no trimestre encerrado em agosto. No trimestre encerrado em junho, que serve de base de comparação, a taxa estava em 9,3%.

O número de ocupados também tem avançado a cada divulgação da pesquisa, com sucessivos recordes. Em setembro, o contingente de pessoas ocupadas alcançou 99,3 milhões, alta de 1% ante o trimestre anterior, o que significou a entrada de mais 1 milhão de pessoas no mercado de trabalho.

“A taxa de desocupação segue a trajetória de queda que vem sendo observada nos últimos trimestres. A retração dessa taxa é influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada”, destaca Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

A expectativa é que a criação de vagas desacelere no quarto trimestre. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, já mostram esse movimento. Em setembro, foram abertos 278.085 postos de trabalho, número inferior ao de agosto.

O Caged traz dados mensais e se restringe a vagas com carteira assinada. As informações são repassadas ao ministério pelas empresas. Já a Pnad compreende os mercados formal e informal de trabalho e compila informações trimestrais, a partir de pesquisa feita por funcionários do IBGE.

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