Desemprego: menores resultados ocorreram em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,4%) e Mato Grosso do Sul (6,5%) (Victoria Labadie - Fotonomada/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 09h48.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2020 às 11h10.
A taxa de desocupação teve um recuo estatisticamente significativo em apenas nove das 27 Unidades da Federação na passagem do terceiro trimestre de 2019 para o quarto trimestre do ano. A informalidade, por sua vez, bateu 41,1%, maior taxa desde 2016.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desocupação no total do País no quarto trimestre de 2019 foi de 11,0%, ante 11,8% no terceiro trimestre. No quarto trimestre do ano passado, a taxa de desocupação era de 11,6%.
No Estado de São Paulo, a taxa de desocupação recuou de 12,0% no terceiro trimestre para 11,5% no quarto trimestre do ano passado.
No quarto trimestre, as maiores taxas foram observadas na Bahia (16,4%), Amapá (15,6%), Roraima (14,8%) e Sergipe (14,8%). Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,4%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).
O Brasil tinha no 4º trimestre do ano passado 2,910 milhões de pessoas em busca de emprego há dois anos ou mais, segundo os dados da Pnad Contínua. No trimestre anterior, esse contingente era de 3,150 milhões de desempregados em busca de uma vaga há tanto tempo. Em relação ao quarto trimestre de 2018, diminuiu em 6,5% o contingente de desempregados há pelo menos dois anos.
No quarto trimestre de 2019, outros 1,650 milhão de trabalhadores procuravam emprego há mais de um ano, mas menos de dois anos. O grosso dos desempregados no quarto trimestre, 5,210 milhões, estava em busca de uma vaga havia pelo menos um mês, mas menos de um ano.
Na faixa dos que tentavam encontrar um trabalho havia menos de um mês estavam 1,861 milhão de pessoas.
Informalidade
Um ponto que continua a crescer é a informalidade. Segundo dados do IBGE, a taxa média anual da formalidade atingiu o seu maior nível desde 2016: 41,1%. Para piorar o cenário, o número de trabalhadores informais bateu recorde em 20 estados.
Em muitos casos, de acordo com o instituto, a taxa de informalidade cresce a níveis superiores do que da população com empregos formalizados. A cada 1,8 milhão de pessoas que retomaram as atividades no ano passado, 1 milhão foram na condição de informais.
O IBGE considera informais aqueles que trabalham sem carteira de trabalho assinada, empregador que não possui o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e trabalhador familiar auxiliar.