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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h26.
A taxa média de desemprego aberto do mês de setembro ficou em 7,5%, superior à de agosto deste ano (7,3%) e à de setembro de 2001 (6,2%). O indicador livre das influências sazonais também cresceu: passou de 7,2% em agosto para 7,6% em setembro. Esses dados são da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, realizada em seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre).
Em relação a agosto deste ano, os resultados de setembro revelam estabilidade para o número de pessoas economicamente ativas (voltadas para o mercado de trabalho). Não houve variações estatisticamente significativas para o número de pessoas trabalhando (-0,1%) e o de pessoas procurando trabalho (3,1%).
De agosto para setembro deste ano, o número de pessoas trabalhando aumentou em três das seis regiões pesquisadas: Salvador (1,7%), Porto Alegre (0,7%) e Recife (0,4%). Nas demais regiões houve queda: -0,9% no Rio de Janeiro e -0,2% em São Paulo e em Belo Horizonte. Em relação aos setores de atividade, o número de trabalhadores aumentou apenas no setor de serviços (0,5%). Na indústria de transformação e no comércio a queda foi de 1,4% e na construção civil de 1,0%.
De setembro do ano passado para setembro deste ano, o número de pessoas economicamente ativas aumentou 3,8%, em conseqüência do crescimento do número de pessoas trabalhando (2,2%) e de pessoas procurando trabalho (28,6%). Nesse período, a taxa média de desemprego aberto aumentou 1,3 ponto percentual.
Ainda no mesmo período, o número de pessoas trabalhando aumentou significativamente nas seis regiões pesquisadas. A maior variação foi em Salvador (5,5%) e a menor em São Paulo (1,1%). Quanto aos setores de atividade, cresceu o número de pessoas trabalhando nos serviços (3,7%), no comércio (1,6%) e na indústria de transformação (1,0%). O número de trabalhadores na construção civil caiu (-7,7%). Dentre as categorias de ocupação, o crescimento foi generalizado: empregados sem carteira de trabalho assinada (4,3%), empregados com carteira de trabalho assinada (1,9%), trabalhadores por conta própria (1,0%) e empregadores (0,5%).
Na comparação anual, em setembro manteve-se a tendência de crescimento do número de pessoas ocupadas. Observa-se o mesmo comportamento para a indústria de transformação, o comércio e os serviços e, dentre as categorias de ocupação, para os empregados com e sem carteira de trabalho assinada.
Considerando as categorias de ocupação contra agosto, cresceu o número de trabalhadores por conta própria (1,0%), de empregadores (0,7%) e de empregados sem carteira de trabalho assinada (0,4%). O número de empregados com carteira de trabalho assinada caiu 1,1%.
Em setembro, o tempo médio de procura de trabalho foi de 24,4 semanas, valor igual ao de agosto deste ano e superior ao de setembro do ano passado (20,5 semanas).
Renda
Em agosto deste ano, o rendimento médio das pessoas ocupadas ficou em R$797,05. Em termos reais2, o rendimento caiu em relação a julho deste ano (-1,5%) e a agosto do ano passado (-2,6%).
Em relação às categorias de ocupação, de julho para agosto, caiu o rendimento médio dos trabalhadores por conta própria (-2,1%), dos empregados sem carteira de trabalho assinada (-1,2%) e dos empregados com carteira de trabalho assinada (-0,4%). De agosto do ano passado para agosto deste ano, caiu o rendimento dos trabalhadores por conta própria (-4,1%) e dos empregados com carteira de trabalho assinada (-1,2%), enquanto o rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada cresceu ligeiramente (0,5%).
A comparação da média dos principais indicadores da pesquisa, no período de janeiro a setembro deste ano com o mesmo período do ano passado, revela crescimento da população economicamente ativa (3,0%), influenciado pelo aumento no número de pessoas ocupadas (1,7%) e de pessoas procurando trabalho (22,5%). O crescimento da ocupação continua sendo influenciado pelo aumento do número de trabalhadores nos serviços (2,8%) e no comércio (2,5%). Dentre as categorias de ocupação, o contingente de empregados sem carteira continua apresentando crescimento superior ao dos empregados com carteira de trabalho assinada. As variações foram de 4,2% e 1,8%, respectivamente.
No mesmo período, a média da taxa de desemprego aberto ficou em 7,3%, valor superior à média do período de janeiro a setembro de 2001 (6,2%).
Quanto ao rendimento médio real, a queda de 4% na comparação dos oito primeiros meses deste ano com o mesmo período do ano passado foi influenciada pela queda do rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada (-4,3%) e dos trabalhadores por conta própria (-4,4%). O rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada aumentou ligeiramente (0,4%).