Economia

Desemprego de jovens de 18 a 24 anos fica em 18% em janeiro

No primeiro mês do ano passado, a taxa de desemprego nessa faixa etária era de 12,9%


	Desemprego: no primeiro mês do ano passado, a taxa de desemprego nessa faixa etária era de 12,9%
 (Highwaystarz-Photography/Thinkstock)

Desemprego: no primeiro mês do ano passado, a taxa de desemprego nessa faixa etária era de 12,9% (Highwaystarz-Photography/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 12h30.

Rio - A taxa de desemprego entre os jovens cresceu num ritmo mais intenso do que o registrado entre as demais faixas etárias, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Emprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desocupação da população de 18 a 24 anos alcançou 18,9% em janeiro, ante 16,5% em dezembro. No primeiro mês do ano passado, a taxa de desemprego nessa faixa etária era de 12,9%.

"Há uma tendência de crescimento (na taxa de desocupação) para todas as faixas etárias, sendo que para o grupo de 18 a 24 anos a intensidade é muito maior", reconheceu Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Adriana lembrou que, majoritariamente, o contingente mais expressivo de ocupados no mercado de trabalho está na faixa etária que vai dos 25 aos 49 anos. Nesse grupo, a taxa de desocupação ficou em 6,5% em janeiro, ante 6,1% em dezembro. Apesar da alta em ritmo menor, no primeiro mês de 2015 essa taxa estava em 4,3%.

No grupo de 50 anos ou mais, a taxa de desemprego foi de 3,2% em janeiro, ante 3% em dezembro. Em janeiro do ano passado, a taxa de desemprego nessa faixa de idade era de 2,2%.

Comércio

O comércio registrou aumento de 100 mil trabalhadores na passagem de dezembro para janeiro, contrariando um movimento sazonal de dispensa de empregados temporários nessa época do ano. A atividade registrou aumento de 2,3% no total de ocupados.

Com isso, não é possível dizer que a taxa de desemprego tenha aumentado em janeiro ante dezembro por causa da demissão de trabalhadores temporários.

A taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas do País cresceu de 6,9% no último mês de 2015 para 7,6% no primeiro mês de 2016. "Não parece ser (dispensa de trabalhador) temporário", afirmou Adriana .

A pesquisadora acrescentou que o comércio é o único setor a reter trabalhadores. A dispensa generalizada de empregados ocorrida nas demais atividades em janeiro pode estar por trás do fenômeno. Pessoas que perderam o emprego estariam se inserindo no comércio para garantir o próprio sustento.

"Em meses de janeiro, o comércio sempre dispensa, mesmo que seja um pouquinho. Esse crescimento (no total de ocupados) nunca aconteceu", destacou Adriana.

Das 100 mil pessoas a mais trabalhando no comércio em janeiro, 79 mil estão na região metropolitana de São Paulo. "Esse comércio que está se expandindo em São Paulo, não tenho como desagregar para saber o que é. Mas um cruzamento possível que já observei é que o comércio por conta própria que está crescendo na região", ressaltou a pesquisadora. "Pode ser tanto o comércio registrado quanto o comércio ambulante. Não é com carteira nem sem carteira assinada", completou.

São Paulo

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo cresceu de 7% em dezembro para 8,1% em janeiro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Emprego. Em janeiro de 2015, a taxa de desocupação na região era de 5,7%.

Em relação ao mês anterior, o mercado de trabalho local perdeu 48 mil vagas e ganhou 120 mil pessoas a mais na fila do desemprego. Em relação a janeiro de 2015, foram dispensados 191 mil trabalhadores e 260 mil pessoas a mais estão buscando uma vaga.

Entre as atividades, todas dispensaram funcionários na passagem de dezembro para janeiro, com exceção do comércio, que aumentou em 79 mil o total de ocupados.

Em relação a janeiro do ano passado, a indústria demitiu 80 mil pessoas, e os outros serviços - que incluem transporte, armazenagem, alojamento, alimentação e serviços pessoais - cortaram 72 mil vagas.

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