Economia

Taxa de desemprego cai para 5,4% em outubro, a menor da série histórica

A população desocupada chegou a 5,9 milhões, o menor contingente já registrado

Publicado em 28 de novembro de 2025 às 09h19.

Última atualização em 28 de novembro de 2025 às 09h27.

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,4% no trimestre encerrado em outubro de 2025, informou o IBGE nesta sexta-feira, 28. O resultado é o mais baixo da série histórica iniciada em 2012.

O desemprego recuou 0,2 ponto percentual na comparação com o trimestre móvel anterior (5,6%) e caiu 0,7 p.p. frente ao mesmo período de 2024 (6,2%).

A população desocupada chegou a 5,9 milhões, o menor contingente já registrado. Houve queda de 3,4% no trimestre (menos 207 mil pessoas) e recuo de 11,8% no ano (menos 788 mil). Já a população ocupada, de 102,6 milhões, ficou estável no trimestre e cresceu em 926 mil pessoas na comparação anual.

O contingente na força de trabalho foi estimado em 108,5 milhões, também estável nas duas comparações.

Subutilização e desalento

A taxa composta de subutilização ficou em 13,9%, novamente o menor nível da série. O indicador ficou estável ante o trimestre anterior (14,1%) e recuou 1,5 p.p. em um ano (15,4%). A população subutilizada, de 15,8 milhões, manteve estabilidade no trimestre e caiu 10,1% no ano (menos 1,7 milhão).

O número de desalentados permaneceu em 2,6 milhões, estável no trimestre e 11,7% menor em relação a 2024. O percentual de desalentados ficou em 2,4%, também estável na margem e 0,3 p.p. menor no ano.

Ocupação e informalidade

A taxa de ocupação manteve-se em 58,8%, sem variação nas comparações trimestral e anual.

O emprego no setor privado alcançou 52,7 milhões de trabalhadores, recorde da série, mas sem variações significativas no trimestre ou no ano.

Entre os empregados, 39,2 milhões tinham carteira assinada — também recorde — com alta anual de 2,4% (mais 927 mil). Já os empregados sem carteira somaram 13,6 milhões, estáveis no trimestre e com queda de 3,9% no ano.

O setor público empregava 12,9 milhões, sem variação trimestral e 2,4% acima de 2024 (mais 298 mil).

O número de trabalhadores por conta própria ficou em 25,9 milhões, estável no trimestre e 3,1% maior no ano (mais 771 mil).

A taxa de informalidade permaneceu em 37,8%, equivalente a 38,8 milhões de trabalhadores — estável no trimestre e abaixo dos 38,9% registrados em outubro de 2024.

Rendimentos e massa salarial

O rendimento real habitual registrou novo recorde, a R$ 3.528, estável no trimestre e 3,9% acima do ano anterior. A massa de rendimento real habitual também renovou recorde, chegando a R$ 357,3 bilhões, estável na margem e 5,0% maior no ano (mais R$ 16,9 bilhões).

Os rendimentos por setor mostraram avanço concentrado. Na comparação com o trimestre móvel anterior, apenas o grupamento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas registrou alta, de 3,9% (mais R$ 190).

Em relação ao mesmo período de 2024, houve aumentos em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,2%), construção (5,4%), alojamento e alimentação (5,7%), novamente em informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (5,2%), além de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (3,5%) e serviços domésticos (5,0%).

Os demais grupamentos não apresentaram variações significativas.

Acompanhe tudo sobre:DesempregoCagedPNADIBGEEmpregos

Mais de Economia

Congresso aprova crédito de R$ 42,2 bi à Previdência e ao Bolsa Família, e novos cargos no MEC

Ministro do Trabalho quer discutir com Lula liberação do FGTS retido de demitidos

Caged: Brasil cria 85 mil empregos formais em outubro, abaixo do esperado

Conselho do FGTS aprova fundo para imóveis avaliados em até R$ 2,25 milhões