Economia

Tarifaço de Trump preocupa governo, pode impactar inflação global e elevar desemprego, diz Tebet

Ministra do Planejamento também afirmou que a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva aguarda a divulgação das medidas do presidente dos Estados Unidos para avaliar os impactos no Brasil e no mundo

Simone Tebet: Esse momento requer diplomacia e muita calma durante toda essa pressão global (Washington Costa/MPO/Divulgação)

Simone Tebet: Esse momento requer diplomacia e muita calma durante toda essa pressão global (Washington Costa/MPO/Divulgação)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 2 de abril de 2025 às 16h03.

Última atualização em 2 de abril de 2025 às 16h24.

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira, 2, que o tarifaço que deve ser anunciado ainda hoje pelo governo de Donald Trump preocupa o governo brasileiro. Segundo ela, a sobretaxação dos produtos vendidos pelo Brasil e por outros países pela maior economia do mundo tende a gerar mais inflação e elevar a taxa de desemprego em todas as nações.

“Sem dúvida nenhuma, nós estamos vendo com preocupação [o tarifaço de Trump]. Isso pode impactar inflação mundial, perdas de emprego”, disse, depois de participar da cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central.

Segundo ela, o momento exige cautela em um ambiente global de grande pressão. Tebet também afirmou que esse debate está a cargo do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

“Esse momento requer diplomacia e muita calma durante toda essa pressão global”, disse.

“Dia particular”

Também presente no evento de comemoração dos 60 anos do BC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, sem citar o tarifaço de Trump que “o dia de hoje é muito particular”.

Segundo ele, momentos de crise exigem harmonia entre as políticas monetária e fiscal para ajudar o país a atravessar crises.

“Não é fácil o momento que estamos vivendo, é um desafio global muito interessante, todo o mundo está muito apreensivo, o dia de hoje é muito particular o que o mundo está vivendo. Outros virão com essa mesma intensidade, mas quanto mais nós tivermos clareza de que sim, podemos divergir, colocar as nossas opiniões a serviço do país, de que sempre haverá o cidadão para dar a última palavra”, disse.

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