US President Donald Trump speaks after signing an executive order on creating a White House 2028 Olympics task force in the South Court Auditorium of the White House in Washington, DC, on August 5, 2025. (Photo by Brendan SMIALOWSKI / AFP)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 01h02.
A tarifa de importação de 50% sobre os produtos brasileiros imposta pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entra em vigor a partir desta quarta-feira, 6.
O impacto da tarifa será menor do que esperado inicialmente, uma vez que os americanos isentaram alguns itens exportados, como suco de laranja, minérios, petróleo e avião, da taxação adicional de 40%.
O governo americano havia anunciado taxa mínima de 10% para o Brasil em 2 de abril. Os produtos isentos agora ficarão com a taxa de 10%.
Ao todo, 694 categorias não serão atingidas pela tarifa de 50%. Uma parcela dos itens estão relacionados a artigos de aeronaves — exceto as militares —, seus motores, peças e componentes; além de simuladores de voo terrestre e suas peças e componentes do Brasil.
Entre os itens que representam uma parcela relevante da exportação brasileira para os Estados Unidos estão o café, a carne bovina e frutas como manga.
O café, por exemplo, representa 4,7% de tudo do que é vendido para os americanos.
Ainda existe a expectativa de que setores como o do café — um produto não produzido nos Estados Unidos — possam ser isentos. Na semana passada, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que produtos não produzidos internamente pelos EUA podem entrar no país com tarifa zero.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços estima que, do total de US$ 40,4 bilhões em exportações, US$ 14,5 bilhões (ou 35,9%) estarão sujeitos à tarifa adicional de 50%.
No tarifaço anunciado em abril, o Brasil havia ficado na categoria mais baixa, de 10% de taxas extras. Os EUA possuem superávit comercial com o Brasil. Ou seja: vendem mais produtos para cá do que os brasileiros enviam para os americanos.
No primeiro trimestre de 2025, os dois países trocaram US$ 20 bilhões em mercadorias, sendo que os EUA tiveram superavit de US$ 653 milhões, segundo dados da plataforma Comexstat, do governo brasileiro.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial brasileiro, atrás da China. Os principais produtos exportados pelo Brasil para os EUA no ano passado foram: