Economia

Tarifa sobre aço vira ponto central de renegociação do Nafta

Mais uma vez, o Canadá e o México fizeram coro às críticas internacionais à proposta do presidente dos EUA

Donald Trump: proposta do presidente dos EUA é tarifar em 25% as importações de aço e em 10% as de alumínio (Leah Millis/Reuters)

Donald Trump: proposta do presidente dos EUA é tarifar em 25% as importações de aço e em 10% as de alumínio (Leah Millis/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de março de 2018 às 19h58.

São Paulo - Os negociadores dos Estados Unidos, do Canadá e do México não tinham como pauta debater a decisão do presidente americano, Donald Trump, de impor tarifas sobre o setor siderúrgico, mas o tema foi o centro das discussões da sétima rodada de renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), realizada na cidade do México.

Mais uma vez, o Canadá e o México fizeram coro às críticas internacionais à proposta de Trump de tarifar em 25% das importações de aço e em 10% para as de alumínio. "Essas tarifas são inaceitáveis", criticou a chanceler canadense, Chrystia Freeland.

Já o ministro da Economia do México, Ildefonso Guajardo, foi mais ponderado. "Estamos esperando a decisão final dos EUA sobre o aço. Vamos esperar qualquer resolução concreta em relação a este assunto para decidir se vamos responder. Mas já adianto que faz todo sentido que o México seja excluído das tarifas de aço", afirmou.

Em resposta, Robert Lighthizer, representante americano das negociações do Nafta, afirmou que a esperança dele é que não haja "um fluxo comercial tropeçado e perturbado" com o México e o Canadá após a imposição das novas tarifas.

Sobre o Nafta em si, pouco avanço foi feito, segundo o próprio Lighthizer. Apenas seis dos trinta tópicos de discussão foram concluídos e a oitava rodada de negociação ainda não foi sequer agendada.

Lighthizer afirmou, no entanto, que espera que o texto final seja fechado em "um mês, um mês e meio", antes do início do período eleitoral no México. "É concebível que durante as eleições suspendamos as negociações. Por isso, queremos encerrá-las antes", disse.

Mas a demora nas negociações não preocupa Guajardo, do México. "Estamos preparados para negociar o quanto for necessário", disse. (com Dow Jones Newswires)

Acompanhe tudo sobre:acoCanadáDonald TrumpEstados Unidos (EUA)ImpostosMéxicoNafta

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs