Passageiros em aeroporto: a elevação é registrada após três anos consecutivos de redução, segundo a Anac (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2013 às 11h20.
Brasília - A tarifa aérea média doméstica real de 2012 ficou em R$ 294,83, valor 0,84% superior ao apurado em 2011, de R$ 292,38. O dado, que representa o valor consolidado do ano passado, foi divulgado nesta sexta-feira, 23, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A elevação é registrada após três anos consecutivos de redução, destaca a agência.
Na comparação com 2002, o valor ficou 42,77% inferior à tarifa aérea média de R$ 515,17 registrada naquele ano. A Anac acaba de concluir o cálculo das tarifas do quarto trimestre do ano passado e, com isso, divulgou o valor consolidado de 2012.
Apesar da alta das tarifas aéreas domésticas em 2012 em relação a 2011, o passageiro pagou menos da metade do que pagava há dez anos para voar, destaca a Anac. No ano passado, a maioria dos assentos (65%) foi comercializada com tarifas inferiores a R$ 300, enquanto em 2002 este porcentual foi de apenas 23%.
Tarifas inferiores a R$ 100 representaram 13% em 2012, mas em 2002 o porcentual de assentos comercializados abaixo desse valor foi praticamente nulo.
A tarifa aérea média doméstica é um indicador que representa o valor médio pago pelo passageiro em uma viagem, em razão da prestação dos serviços de transporte aéreo. O indicador é calculado por meio da média ponderada das tarifas aéreas domésticas comercializadas e as correspondentes quantidades de assentos comercializados.
Custos
Em nota, a agência ressalta que a elevação observada em 2012 ocorreu em um momento em que o aumento dos custos impacta o setor aéreo e que isso levou o setor à implementação de ajustes na estrutura de oferta do serviço e de tarifas frente ao cenário adverso.
De acordo com a Anac, esse cenário foi caracterizado por um conjunto de fatores que incluem a desaceleração da economia e da demanda por transporte aéreo, a alta do preço do barril de petróleo e a valorização do dólar em relação ao real - que causam impacto direto nos custos de combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves. "Tais custos representaram mais da metade do total de custos e despesas de voo da indústria em 2012", cita nota da agência.
Segundo a Anac, tendo em vista os resultados financeiros negativos apresentados pelo setor desde 2011, os ajustes de oferta e de tarifas que têm sido realizados pela própria indústria representam uma adequação ao novo cenário, com objetivo de recuperar a rentabilidade e assegurar a continuidade e a segurança dos serviços.