Economia

Suspensão do Paraguai prejudicará população, diz Dilma

“Enquanto aguardamos a pronta retomada da normalidade democrática no Paraguai, mantivemos nosso compromisso com o bem-estar do povo paraguaio"

Dilma Rousseff discursa no Mercosul: o Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em 29 de junho (Wilson Dias/ABr)

Dilma Rousseff discursa no Mercosul: o Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em 29 de junho (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 16h41.

Brasília – A presidente Dilma Rousseff reiterou hoje (7) que a suspensão do Paraguai do Mercosul foi definida em respeito à integração regional e à democracia. Dilma disse que a suspensão será mantida inalterada até 21 abril de 2013, quando ocorrem eleições presidenciais no país, e será "retomada a normalidade democrática". Na abertura da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, no Palácio Itamaraty, Dilma disse ainda que a medida não acarreta ameaças nem prejuízos à população e à economia do Paraguai.

“Enquanto aguardamos a pronta retomada da normalidade democrática no Paraguai, mantivemos nosso compromisso com o bem-estar do povo paraguaio, descartando medidas que dificultem nossos fluxos comerciais ou de investimentos com esse país vizinho e irmão”, ressaltou a presidente.

Em seguida, Dilma acrescentou: “Todos os programas paraguaios, incluindo o projeto de linhas de transmissão, continuam com seus trâmites normais”. A afirmação de Dilma é uma resposta às autoridades paraguaias que disseram que a suspensão causaria danos à sociedade e à economia do país.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em 29 de junho, logo após a destituição do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo do poder. Para os líderes políticos da região, a destituição de Lugo foi envolvida em um ambiente de ruptura da ordem democrática. As autoridades paraguaias negam irregularidades no processo.

Além de Dilma, participam da cúpula os presidentes Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia), além de Donald Ramotar (Guiana) e Desi Bouterse (Suriname). Estão presentes também a vice-presidente do Peru, Marisol Cruz, e os vice-chanceleres Alfonso Silva (Chile) e Monica Lanzetta (Colômbia), assim como o ministro de Minas e Energia da Venezuela, Rafael Ramírez.

O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de 2013. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados.Com os venezuelanos, o Mercosul passa a contar com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões. A população é 275 milhões de habitantes.

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