Economia

Supermercados do Brasil elevam previsão nas vendas em 2013

A Abras revisou nesta quinta-feira estimativa de crescimento de vendas reais de 3,5% para 4% em 2013


	Supermercado: fortes vendas dos últimos dois meses incentivaram a melhora na projeção e a melhoria do nível de emprego tem ajudado o setor
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Supermercado: fortes vendas dos últimos dois meses incentivaram a melhora na projeção e a melhoria do nível de emprego tem ajudado o setor (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 15h06.

São Paulo - Os supermercados do Brasil devem encerrar o ano com resultado melhor que o esperado inicialmente, afirmou a associação do setor, Abras, que revisou nesta quinta-feira estimativa de crescimento de vendas reais de 3,5 para 4 por cento em 2013.

O gerente de economia da entidade, Flávio Tayra, afirmou que as fortes vendas dos últimos dois meses incentivaram a melhora na projeção e a melhoria do nível de emprego tem ajudado o setor. O dado "é diretamente relacionado à renda média e impulsiona os resultados do setor", disse ele.

Nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego brasileira caiu de 5,6 por cento em julho para 5,3 por cento em agosto, no melhor resultado desde dezembro, quando o índice havia sido de 4,6 por cento.

Em agosto, as vendas reais dos supermercados brasileiros tiveram alta de 10,7 por cento sobre igual período do ano passado e de 0,9 por cento ante julho. No acumulado do ano, o avanço foi de 4,95 por cento na comparação anual.

O vice-presidente da Abras, João Sanzovo, acrescentou que o resultado também foi ajudado pela desaceleração da inflação, diante de menor pressão do preço das commodities.

Apesar de reconhecer que houve um certo pessimismo do mercado no começo do ano, principalmente frente ao avanço do dólar, Sanzovo afirmou que o resultado de 2013 "será bom, mas não tão bom" ao ponto de chegar perto do patamar observado no ano anterior, quando as vendas reais subiram 5,3 por cento.


"O que pode levar a um aumento expressivo nesse setor é um crescimento de renda muito forte, e isso nós já vimos nos últimos anos", disse, em referência ao novo contingente de consumidores que entrou na classe C.

Por isso, acrescentou ele, as vendas reais dos supermercados nos próximos anos tendem a ser mais modestas.

Cesta

A cesta Abrasmercado, que mede os preços de 35 produtos de largo consumo, calculada pela GfK, teve baixa de 0,16 por cento sobre julho, para 355,85 reais. Já em comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 10,21 por cento.

Os produtos que tiveram as maiores altas em agosto ante o mês anterior foram leite longa vida (+5,06 por cento), arroz (+3,01 por cento) e detergente líquido (+2,88 por cento). Já as maiores quedas foram de cebola (-22,58 por cento), farinha de mandioca (-11,39 por cento) e batata (-11,36 por cento).

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