Economia

Superávit primário bate recorde para mês de maio

O resultado é 233,7% maior que o registrado em maio de 2012 e recorde para o mês


	Dinheiro: no acumulado do ano, no entanto, o superávit primário continua menor que em 2012.
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Dinheiro: no acumulado do ano, no entanto, o superávit primário continua menor que em 2012. (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 16h03.

Brasília – O aumento da arrecadação e o pagamento de dividendos de estatais fizeram o superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – bater recorde em maio. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o Governo Central – formado pelo Tesouro Nacional, pela Previdência Social e pelo Banco Central – economizou R$ 5,957 bilhões no mês passado. O resultado é 233,7% maior que o registrado em maio de 2012 e recorde para o mês.

No acumulado do ano, no entanto, o superávit primário continua menor que em 2012. De janeiro a maio, o superávit primário do Governo Central soma R$ 33,045 bilhões, resultado 29,5% menor que no mesmo período de 2012 e o pior desde 2010.

No mês passado, a arrecadação foi recorde. Porém, o principal fator que impulsionou o resultado fiscal foi o pagamento de R$ 2,895 bilhões de dividendos de estatais ao Tesouro Nacional, dos quais R$ 2,090 bilhões vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 502,4 milhões foram repassados pela Petrobras.

Os dividendos são a parcela do lucro que as empresas repassam aos acionistas. No caso das estatais federais, o Tesouro Nacional é o principal acionista e tem direito a receber os pagamentos das empresas. Neste ano, o Tesouro espera receber R$ 24 bilhões em dividendos, contra R$ 29 bilhões transferidos em 2012.


Em relação às despesas, os gastos de custeio – manutenção da máquina pública – voltaram a acelerar em maio. Nos cinco primeiros meses do ano, esse tipo de despesa cresceu 23,6% na comparação com o mesmo período de 2012. Até abril, o crescimento acumulado correspondia a 22%.

Os investimentos, que correspondem aos gastos com obras públicas e compras de equipamentos, desaceleraram. De janeiro a maio, os investimentos totalizaram R$ 26,849 bilhões, valor apenas 2,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Até abril, o crescimento acumulado somava 8,8%. Por causa do pagamento de R$ 2,8 bilhões de precatórios (dívidas de sentenças judiciais), as despesas com o funcionalismo público aceleraram em maio, com crescimento de 7,1% nos cinco primeiros meses do ano.

Os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também desaceleraram. De janeiro a maio, as despesas com o programa somaram R$ 18,2 bilhões, alta de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento somava 22,8% até abril.

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