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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h22.
As importações da Argentina subiram pela primeira vez em quase dois anos. Em fevereiro, foram 24% maiores do que o mesmo mês em 2002. De acordo com o jornal El Clarín, a recuperação de alguns setores da economia e a baixa do dólar desde julho do ano passado são os principais motivos.
Mesmo com o crescimento das importações, a balança comercial registrou superávit - graças ao crescimento de 15% das exportações. O resultado da balança em fevereiro foi de 1,295 bilhão de dólares, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos.
Com a recessão do país, as importações vinham caindo desde 2000. Chegaram a ser reduzidas em 60% em 2002, comparada com o ano anterior. Por esta razão, o superávit recorde registrado no ano passado, de 16,5 bilhões de dólares, se explicou mais pela queda das importações do que pelo aumento de exportações, apesar da taxa do dólar a favor.
Desde junho do ano passado, a medida em que o dólar começou a ceder, as importações argentinas começaram a crescer mês a mês. Mesmo assim continuaram inferiores às de 2001. A reversão aconteceu mês passado, com a importação de 777 milhões de dólares, contra 627 milhões de fevereiro de 2002.
Arrecadação maior
A arrecadação de impostos do governo argentino subiu 56% em março em relação ao mesmo mês de 2002. Eram esperados 4,6 bilhões de pesos e foram 4,82 bilhões. Vale lembrar que há um ano o país passava pelo auge da crise econômica e a arrecadação fiscal estava nos níveis mais baixos da história do país.
Segundo fontes do El Clarín, o aumento do mês passado foi devido ao pagamento de mais de 130 milhões de pesos por direitos de exportações de cereais e petróleo, feito no último dia de março. Durante o resto do mês, as retenções somaram 740 milhões de pesos.
Em nota divulgada para clientes, o banco de investimentos Goldman Sachs elevou a recomendação para os títulos da dívida da Argentina para "acima de média" (overweight). O banco justificou porque acredita que haverá uma forte alta nos preços dos títulos da dívida argentina se o ex-presidente Carlos Menem vencer as eleições presidenciais, marcadas para este mês.