Economia

Super colheita nos EUA não afetará produção, diz Geller

Com uma expectativa de forte colheita americana, o preço dos grãos vem caindo no mercado internacional e desanimando os produtores brasileiros


	Neri Geller: "estou muito otimista e acho que os produtores e empresários têm que estar também"
 (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

Neri Geller: "estou muito otimista e acho que os produtores e empresários têm que estar também" (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 16h57.

São Paulo - A "super colheita" de grãos prevista para este ano nos Estados Unidos e em alguns países da América Latina, com a consequente queda dos preços internacionais, não afetará a "retomada" da produção no Brasil, segundo afirmou nesta quinta-feira em São Paulo o ministro da Agricultura, Neri Geller.

"Os mercados emergentes estão "absorvendo" comida e o mercado internacional está crescendo. Então vejo com muita tranquilidade a retomada da produção nacional e dos preços internacionais a partir do ano que vem", declarou Geller a jornalistas após um encontro com representantes do setor de máquinas e equipamentos.

Para Geller, "o preço pode cair um pouco frente a uma "super colheita", principalmente a norte-americana, mas as perspectivas para o futuro são positivas e o aumento do dólar agora vai ajudar para que o setor se consolide em uma etapa de crescimento".

Com uma expectativa de colheita de 65,65 milhões de toneladas de milho e 106,41 milhões de toneladas de soja nos Estados Unidos, segundo as projeções do país americano, o preço dos grãos vem caindo no mercado internacional e desanimando os produtores brasileiros.

"Esta queda de preços em um primeiro momento não vai se refletir a médio e longo prazo. Estou muito otimista e acho que os produtores e empresários têm que estar também", comentou o ministro.

Assim, o momento atual da economia, indicou o ministro, é de "oportunidade" para investir na indústria agrícola.

De acordo com o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), elaborado trimestralmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o nível do indicador foi de 91,8 pontos, que faz passar de uma condição de "neutralidade" a uma de "pessimismo".

O Governo, enfatizou o ministro, "tem que continuar abrindo novos mercados e linhas de crédito" e, nesse contexto, o gigante sul-americano aposta pela continuidade do crescimento do consumo internacional e interno.

"O Brasil passa por um momento importante no qual necessitamos, efetivamente, trabalhar muito forte na agregação de valores (às matérias-primas agrícolas) e nós já estamos fazendo isso", especificou Geller na sede da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

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