São Paulo - Os estados do Sul do Brasil passaram Minas Gerais e já são os mais competitivos do país depois de São Paulo e Rio de Janeiro, que continuam líderes.

A conclusão é da terceira edição do ranking Competitividade dos Estados Brasileiros, um trabalho da Economist Intelligence Unit, braço de inteligência da revista britânica The Economist, com o brasileiro Centro de Liderança Pública (CLP).

Foram avaliados 26 itens em 8 eixos: ambiente político, ambiente econômico, regime de impostos e regulação, política em relação ao investimento estrangeiro, recursos humanos, infraestrutura, inovação e sustentabilidade. No balanço, cada estado leva uma nota de 0 a 100.

São Paulo lidera o ranking pela terceira vez seguida e é o único com nota considerada "muito boa" (77,2), com avanços em infraestrutura e sustentabilidade mas recuos na burocracia, regime tributário e no crescimento de mercado.

Em seguida vem o Rio de Janeiro com 72,3, onde piorou o ambiente econômico e a estabilidade política ao mesmo tempo em que melhorou a distribuição de renda e o tamanho de mercado.

Minas Gerais, que foi terceiro lugar em 2011 e 2012, caiu agora para a 6ª posição. 

O estado teve piora em quatro quesitos - estabilidade política, condições de segurança, crescimento de mercado e consistência do seu regime tributário - mas sua queda relativa é reflexo principalmente de destaques nos estados do Sul.

Com melhora expressiva do ambiente econômico e destaque em sustentabilidade, o Paraná foi do 5º para o 3º lugar. Com avanço nos mesmos itens, Santa Catarina foi de 6º para 5º, enquanto o Rio Grande do Sul seguiu na 4ª posição.

A partir da 7ª posição, ocupada pelo Distrito Federal, todos os estados tem nota abaixo 50, considerada "moderada". A média dos estados é 43.

Os estados menos competitivos do país são Tocantins (28), Piauí (24,9), Maranhão (23,2) e Amapá (18,6). Veja o sobe e desce dos estados ao longo dos três anos de ranking: