Bandeiras na Rio+20, no Forte de Copacabana (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2012 às 20h27.
Rio - Para o conselheiro da agência para análise de políticas públicas da Embaixada da Suécia, Mikael Román, que falou na sexta-feira durante o Rio Clima, evento paralelo à Rio+20 na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), as discussões sobre o clima têm sido muito burocráticas. O cientista político propõe um novo olhar, focado no desenvolvimento.
"Precisamos de mitos positivos, mostrar para as pessoas e governos que um desenvolvimento baseado numa matriz verde pode gerar empregos, melhorar a educação", explica. "Não nego a urgência do clima, mas talvez ele não seja o objeto principal e sim um instrumento para se chegar a um desenvolvimento melhor."
No mesmo encontro, o diretor executivo do Greenpeace no Brasil, Marcelo Furtado, defendeu uma mudança radical nos investimentos em energia no Brasil. Segundo ele, o país pode ter uma matriz enérgica 92% limpa em 50 anos caso passe a investir pesado em energias renováveis. "Em 20, 30 anos o Brasil vai ter que aceitar metas de diminuição das emissões de carbono assim como fazem os Estados Unidos e a Europa e vamos nos perguntar quem decidiu investir em energias fósseis quando o mundo apontava em outra direção."