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Strauss-Kahn: Taxa aos bancos deve reduzir risco de crise

Washington - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse hoje que a aplicação de impostos internacionais às entidades financeiras "pode reduzir a probabilidade que outra crise mundial". O FMI sugeriu taxar no mundo todo com dois novos impostos o setor financeiro, o qual, segundo Strauss-Kahn, daria fundos aos Governos para responder a […]

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 08h05.

Washington - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse hoje que a aplicação de impostos internacionais às entidades financeiras "pode reduzir a probabilidade que outra crise mundial".

O FMI sugeriu taxar no mundo todo com dois novos impostos o setor financeiro, o qual, segundo Strauss-Kahn, daria fundos aos Governos para responder a crise futuras e "reduziria os riscos" por parte dos bancos.

A proposta está em um estudo que os países-membros do Grupo dos Vinte (G20, os principais países ricos e os emergentes) encomendaram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na reunião de Pittsburgh (EUA), em setembro e que será debatido na reunião ministerial do Grupo na próxima sexta-feira em Washington.

O estudo propõe criar a chamada "Contribuição à Estabilidade Financeira", um imposto que inicialmente seria pago por todas as entidades financeiras e que posteriormente variaria conforme o nível de risco assumido por cada uma.

O segundo imposto seria a "Taxa sobre Atividades Financeiras", que incidiria sobre os salários e bonificações pagas pelas entidades financeiras, assim como seus lucros.

Strauss-Kahn falou em entrevista coletiva antes da reunião ministerial do G20 e a assembleia do FMI e o Banco Mundial, que será realizada no fim de semana.

Nela constatou que a recuperação econômica "está chegando mais rapidamente e antes do que o previsto", mas ainda é "frágil".

Nos países desenvolvidos, o desemprego é alto, a demanda frágil e o setor financeiro não voltou ao normal, explicou o chefe do FMI.

Por esses motivos, John Lipsky, o "número dois" do FMI, disse na entrevista coletiva que o FMI acredita que seria "prematura" a retirada das políticas de estímulo.

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