Economia

STJ decide que gratificações a ministros de Estado não entrem no teto salarial de R$ 41,6 mil

As gratificações são conhecidas como jetons. Os ministros da Segunda Turma do STJ decidiram que as remunerações podem ser acumuladas, porque as funções são "autônomas" e há "trabalho extra"

A exceção é para empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que recebem recursos públicos para o pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral (Marcello Casal/Agência Brasil)

A exceção é para empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que recebem recursos públicos para o pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral (Marcello Casal/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 24 de maio de 2023 às 13h03.

Última atualização em 24 de maio de 2023 às 13h04.

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira, 23, que as verbas recebidas por ministros de Estado pela participação em conselhos fiscais ou de administração em instituições estatais não estão sujeitas ao teto remuneratório, que hoje é de R$ 41,6 mil.

As gratificações são conhecidas como jetons. Os ministros da Segunda Turma do STJ decidiram que as remunerações podem ser acumuladas, porque as funções são "autônomas" e há "trabalho extra".

O que disse o STJ?

"Um ministro de Estado recebe, como contraprestação do exercício de seu cargo, subsídio limitado ao teto. Se, ademais, também estiver ocupando a função, em sentido amplo, de conselheiro, receberá outro valor, que não tem origem nos cofres públicos, como contrapartida pelas atividades realizadas perante o conselho", defendeu o ministro Francisco Falcão, relator do processo.

A exceção é para empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que recebem recursos públicos para o pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral.

Os conselhos fiscais servem para decidir, colegiadamente, os rumos das empresas estatais. O governo tem cadeiras cativas nesses colegiados.

A decisão do STJ foi tomada em uma ação popular proposta em 2012 contra então ministros que, na época, também ocupavam cargos em empresas públicas, como Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Correios e Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Acompanhe tudo sobre:STJSalários

Mais de Economia

Após Planalto falar em mudar VR e VA, Marinho, do Trabalho, se queixa que não foi consultado

Copom eleva Selic em 1 p.p., para 13,25% ao ano, e sinaliza nova alta de juro na mesma magnitude

Inflação de alimentos: três capitais tiveram aumento acima dos 10% em 2024, diz IBGE